Gilberto Kassab (PSD) não está para brincadeira e quer ocupar o maior número possível de ministérios no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com duas ou três vagas para ministérios, o cacique da legenda tem dito a pessoas próximas que pretende indicar Alexandre Kalil para a pasta dos Esportes.
Um dos compromissos de Lula é o de retomar o ministério dos Esportes e o PSD quer controlar a pasta. Kassab confidenciou a um parlamentar petista que não há nome mais indicado que o de Kalil para o posto, por se tratar, ao mesmo tempo, de um político e alguém ligado a área.
Kalil foi importante no segundo turno ao apoiar Lula em Minas Gerais, mesmo tendo perdido no primeiro turno para o governo do estado. O petista venceu por poucos votos e manteve a tradição de que o vencedor em MG vence as eleições gerais. Em todas as viagens que fez à região ele elogiou o comportamento de Kalil e os dois se aproximaram.
Contudo não é tão simples uma nomeação para o posto. Se dependesse apenas da vontade do presidente eleito, a vaga não ficaria com um político e os favoritos seriam Raí, ex-jogador do São Paulo, ou Ana Mozer, ex do vôlei.
A coluna conversou com políticos do entorno do presidente e a resposta foi de que o nome de Kalil não agrada. "Ele é muito ligado a um clube e isso pode prejudicar a relação do Estado com investimentos no esporte", explicou.
O ex-prefeito de BH é atleticano e presidiu o clube durante a conquista da Libertadores em 2013. Para Kassab, no entanto, isso não seria impeditivo e o aliado é perfeitamente capaz de lidar com uma propensa rejeição. Para resolver a questão, o presidente do PSB pretende se reunir com Ronaldo Fenômeno, atual dono do Cruzeiro, para tentar buscar apoio e amenizar possível rejeição.
A coluna ouviu de pessoas próximas que Kalil não está forçando seu nome nem conversando com a classe política sobre o assunto. Mas ele garantiu a amigos que, se for convidado, aceita.
Lula, Kalil e Andres
Se Kalil virar ministro, Lula terá dois amigos diretamente ligados ao futebol em áreas estratégicas. Enquanto o ex-candidato do PSD cuidaria da pasta, outro aliado do futuro presidente deve comandar o futebol brasileiro.
Andres Sanchez, ex-presidente do Corinthians, caminha para ser anunciado como o chefão da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), o que agrada muito Lula.
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