Embaixador Cesário Melantonio Neto
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Embaixador Cesário Melantonio Neto


Em um país com inflação galopante, crise hídrica e energética, desemprego em alta e 19 milhões de brasileiros passando fome, só a vitória da civilização contra o atraso, nas eleições de 2022, pode impedir que o Brasil vá à lona.

A nação rainha do agronegócio está obrigando seus cidadãos a catar ossos de descarte em açougues para usar uma imagem símbolo do desgoverno que vai ficar, infelizmente, na história.

Um misto de nojo, revolta e tristeza invade a cada dia o território nacional pelo descalabro cometido no Planalto contra o seu próprio povo e a sua própria natureza.

Os crimes ambientais, só em 2020, provocaram a morte de 17 milhões de animais na Amazônia e no Pantanal.

A lista de crimes contra interesses nacionais e a aliança trumpista terá uma resposta no próximo ano, mas nem por isso vamos deixar, desde já, de lutar por um país melhor, com afinco e persistência.

A defesa dos valores civilizatórios deve ser bandeira para a derrota da barbárie que impera em vários setores da sociedade brasileira.

Casos como o da Prevent Senior são um dos maiores absurdos já ocorridos em terras desta República, por exemplo.

Notícias estarrecedoras dessa instituição sugerem práticas medievais com pacto entre governo federal e essa empresa de saúde por interesses financeiros acima das vidas das pessoas.

Além do descaso com a vida das pessoas, esse conluio sugere o uso de brasileiros como cobaias em procedimentos experimentais a la Mengele.

Algumas narrativas do caso remetem à ideia de homicídio premeditado. As vítimas desse dito hospital precisam ser indenizadas futuramente pela conduta negligente de um prestador de serviço que tirou do mesmo determinada possibilidade de êxito.

Em razão desse descalabro, mais um no desgoverno, deverá ser arbitrada pela Justiça brasileira uma reparação financeira às famílias das vítimas dessa barbárie. A operadora terá de indenizar os falecidos e os culpados deverão ser devidamente punidos de maneira exemplar, tanto os do setor público quanto do privado.

É inominável a natureza do que se descortina nesse caso que leva o Brasil à lona moral e ética, interna e externamente.

O que aconteceu, nesse episódio, foi uma série de crimes perpetrados contra a saúde pública e a vida do brasileiro.

As práticas denunciadas por médicos, familiares de pacientes e advogada, com conluio entre desgoverno e a Prevent, exigem punição exemplar por divulgar publicamente informações sabidamente ineficazes sobre medicamentos errôneos e por desencorajar as pessoas de seguir os protocolos sanitários e a necessidade de distanciamento social ou até de lockdown.

Com um chefe de Estado empenhado em boicotar de todas as formas possíveis o enfrentamento ao vírus, a sociedade brasileira não pode ficar passiva e inativa.

O resultado dessa aliança macabra entre alguns setores públicos e privados ainda está por ser desnudado completamente pela CPI.

Diante das acusações de fraudes em prontuários e em atestados de óbitos, coações explícitas de funcionários e tapeação de paciente e familiares, pela promoção irresponsável do "kit covid", pode ser que o episódio seja ainda mais grave do que as primeiras revelações mostram, e que o buraco seja mais fundo do que a imprensa e os depoimentos revelam aos brasileiros.

Também é significativo o silêncio do Planalto que adorava evocar a Prevent e o kit ao lado de figuras adeptas do negacionismo pandêmico.

Esse comportamento presidencial na pandemia não pode ser esquecido assim como seus ataques constantes à democracia com um saldo, até agora, de 600 mil mortos.

A passagem por Nova York do grupo presidencial foi mais um episódio do desejo de levar a nossa imagem ao fundo do poço.

Em uma cidade pandêmica, como foi o caso, o representante de um país tem o dever de demonstrar bom senso. E se passou o contrário, com manifestações contra vacina, contra o uso de máscaras e contra o distanciamento social.

A penúria ética desse desgoverno, mais uma vez, nos envergonhou no exterior, nos expondo ao ridículo no plano internacional.

Essa gestão federal da pandemia, com estilo delinquente, afasta e assusta os investidores nacionais e estrangeiros aumentando a desconfiança no Brasil pela gestão calamitosa da saúde pública e pela devastação ambiental.

Nem a diplomacia mais competente do mundo pode compensar e corrigir os seguidos erros cometidos pelos atuais ocupantes do Planalto, caracterizados por uma loucura devastadora.

A tese do quanto pior melhor parece ter tomado conta das mentes oportunistas de plantão e da filhocracia. Esse grupo não está preocupado se o Brasil for à lona.

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