Militares das forças especiais do Exército queriam o caos para derrubar o governo eleito e manter Bolsonaro no poder
Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Militares das forças especiais do Exército queriam o caos para derrubar o governo eleito e manter Bolsonaro no poder

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar nesta terça-feira (11), dez réus na Ação Penal (AP) 2696, que investiga a tentativa de golpe de Estado.

Os dez estão agrupados no núcleo 3 da trama golpista.

São nove militares de alta patente, das forças especiais do Exército e um agente da Policia Federal (PF), que a Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa de serem os responsáveis por atacar o sistema eleitoral e criar condições para a ruptura institucional. 

Também de acordo com a PGR, o grupo participou de ações coercitivas, incluindo o monitoramento de autoridades e o planejamento de ataques contra elas, elaborando os planos "Punhal Verde e Amarelo" e "Copa 2022".

O ministro Flávio Dino, presidente do colegiado, reservou também os dias 12, 18 e 19/11 para concluir o julgamento.

Os réus respondem por cinco crimes - tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Quem vai ser julgado:

Bernardo Romão Corrêa Netto (coronel do Exército) 

Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira (general da reserva) 

Fabrício Moreira de Bastos (coronel do Exército) 

Hélio Ferreira Lima (tenente-coronel do Exército) 

Márcio Nunes de Resende Jr. (coronel do Exército) 

Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel do Exército) 

Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel do Exército) 

Ronald Ferreira de Araújo Jr. (tenente-coronel do Exército) 

Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel do Exército) 

Wladimir Matos Soares (agente da Polícia Federal).

Primeira Turma

A Primeira Turma é composta pelos ministros Flávio Dino (presidente), Alexandre de Moraes (relator da ação AP 2696), Cármen Lúcia, decana do colegiado e Cristiano Zanin.

Luiz Fux trocou de Turma recentemente (foi da primeira para a segunda) e a sua vaga ainda não foi preenchida.

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