O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que começa na próxima terça-feira (2/9) atraiu milhares de pessoas e centenas de jornalistas, brasileiros e estrangeiros, interessados em acompanhá-lo diretamente das dependências do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em pouco mais de 24 horas, o site do tribunal recebeu um total de 3.357 inscrições do público em geral que deseja ver de perto o desenrolar dos trabalhos que transcorrerão ao longo de cinco dias.
Além do público, o STF credenciou 501 profissionais de imprensa do Brasil e de outros países, para fazer a cobertura ao vivo do julgamento do ex-presidente e de outros sete réus do “Núcleo 1” da Ação Penal (AP) 2668, que apura a tentativa de golpe de Estado.
O julgamento ocorrerá na sala de sessões da Primeira Turma do STF e, por ser um espaço limitado, foram reservadas 80 cadeiras para os jornalistas a serem ocupadas por ordem de chegada.
Os demais profissionais da mídia deverão ocupar um espaço na área externa do prédio, localizada no térreo do Anexo 2, com telão e cadeiras.
Para o público, foram disponibilizados 150 lugares na Segunda Turma e os inscritos serão divididos por cada sessão marcada.
Diante da limitação de espaço, dos mais de 3 mil inscritos, apenas 1.200 (divididos pelas oito sessões) terão acesso às dependências do STF. O restante terá que se contentar em ficar de fora.
Cada sessão será transmitida ao vivo pela TV Justiça – com possibilidade de captação do sinal pelas emissoras – e nos canais da TV Justiça no YouTube e no app, além do canal do STF.
Núcleo 1
O Núcleo 1 é considerado principal de toda a trama golpista e nele estariam os cabeças da tentativa de golpe de Estado.
Ele é composto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e por Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência), Almir Garnier Santos (almirante e ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (general da reserva e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional), Mauro Cid (tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro), Paulo Sérgio Nogueira (general e ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (general da reserva e ex-ministro da Casa Civil e da Defesa).
Os oito réus respondem por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e privacidade de patrimônio tombado.