Líderes dos partidos do grupo chamado “Centrão” – formado pelo PR, PP, PRB, PTB, PSD, entre outros – condicionam os votos favoráveis à versão enxuta da Reforma da Previdência a uma minirreforma ministerial para ocupar pastas e cargos que atualmente estão sob o comando do PSDB e de outros partidos, até do próprio PMDB – da ala que não traz votos ao Governo.
O presidente Michel Temer, por ora, resiste à pressão dos aliados e aguarda a decisão do tucanato antes de dezembro – pela permanência ou desembarque do Governo - para iniciar as mudanças na Esplanada dos Ministérios.
Leia também: Gerente acusado de rombo em contas de sertanejos em Goiás
Além do Centrão, o PMDB também cobrou de Temer essa semana os cargos ocupados por apadrinhados de deputados que votaram a favor da segunda denúncia.
O ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho filho, está com a cabeça a prêmio. Ele esteve com o presidente Michel Temer no Palácio na segunda-feira a sós. Oficialmente nos corredores o assunto foi a privatização da Eletrobrás, mas fontes afirmam que Temer o alertou sobre possível mudança ministerial.
Leia também: Marinha pede mais R$ 31 milhões no Orçamento de 2018
Bezerra Coelho trocou o PSB – hoje oposição – pelo PMDB de Temer, mas não garantiu mais votos ao presidente no tabuleiro da Câmara Federal, o mais importante no momento para aprovar as reformas estruturantes, como a da Previdência.