Quatro multinacionais estão de olho na concessão da Lotex, a loteria instantânea da Caixa criada em 2015, cuja operação o Governo vai vender em dezembro: A britânica IGT, a grega Intralot e americana Scientific Games já têm representantes em Brasília. A canadense Pollard Banknote estuda o setor.

A concessão será por 25 anos, o lance inicial é de R$ 1 bilhão (considerado por especialistas muito baixo) e a empresa vencedora terá exclusividade no território nacional para vender as ‘raspadinhas’.

Isso quebra as loterias estaduais, que faturam muito com as raspadinhas. Os Governos do Rio de Janeiro e Piauí já acionaram o Supremo Tribunal Federal, mas o risco de judicialização do processo não assusta os investidores. Os Estados justificam que parte da arrecadação vai para programas sociais. Espertos, os investidores estrangeiros devem lançar mão desse discurso para ajudar entidades.

Em meio às negociações e estudos do setor privado sobre a Lotex, já surgiu uma polêmica. O Artigo 28 da lei que criou a Lotex cita operação em ‘meio virtual’ de aposta. Isso abriu brecha para especulação de que a vencedora poderá operar caça-níqueis. Não pode.

O que uma das empresas pretende fazer, se vencer a licitação, é instalar em comércios máquinas leitoras de códigos de barra ou QR code das raspadinhas vendidas.

Os números do setor são consideráveis. O Governo Federal arrecadou cerca de R$ 13 bilhões com loterias ano passado – com repasses sociais de R$ 6 bilhões, levantou o BNL-Boletim de Notícias Lotéricas.

Jogo jogado

Sabem quem ajudou a criar a Lotex na Caixa em 2015? Geddel Vieira Lima, Moreira Franco (ex-vice-presidente de Loterias) e com apoio moral do deputado Eduardo Cunha.

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