O senador Aécio Neves (PSDB-MG) sofreu dois reveses no Conselho de Ética do Senado.
O primeiro: cinco senadores – que eram seus aliados – assinaram o recurso que pede a revisão da decisão do presidente do colegiado, João Alberto (PMDB-MA), que mandou arquivar o processo de cassação contra o tucano. O caso agora está nas mãos do colegiado da Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
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Segundo: com o afastamento do presidente, por motivos de saúde, os trabalhos no Conselho serão conduzidos pelo vice-presidente, Pedro Chaves (PSC-MS), um dos signatários do requerimento contra o arquivamento. E ele terá poder para ajudar a indicar o relator do processo, caso a CCJ valide a demanda do quinteto.
Hoje, Aécio tem a maioria dos senadores do Conselho de Ética por sua causa.
O presidente afastado do Conselho, João Alberto, não aguentou a pressão das críticas e quase sofreu um infarto no Senado. Teve de ser internado para colocar um marca-passo. Não há previsão de sua volta ao colegiado.
Aécio foi denunciado pelo REDE e PSOL na esteira do escândalo das delações de Joesley Batista, que o citou em variadas situações nada ortodoxas.
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No Supremo Tribunal Federal, Aécio ganhou fôlego. O pedido de sua prisão preventiva feita pelo PGR Rodrigo Janot será analisado em agosto, após o recesso do Judiciário, que começa semana que vem.