Com a reforma da Previdência praticamente enterrada na Câmara Federal, o Palácio do Planalto mobiliza a combalida base para barrar o pedido de investigação contra o presidente Michel Temer, que deve ser apresentado na terceira semana de junho pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Por enquanto, ministros do Governo asseguram contar com votos suficientes – cerca de 200 – para evitar que o Supremo Tribunal Federal transforme a denúncia em uma ação penal.
O Planalto já tem ciência de que não poderá contar com votos da maioria dos deputados do PSDB para barrar o processo contra o presidente Temer após a apresentação da denúncia. Comandado por Aécio Neves, na mira do próprio STF e com risco de prisão por obstrução de Justiça, o PSDB quer jogar os holofotes para Temer e sua crise.
Proximidades
Carlos Zarattini, líder do PT, Orlando Silva e Aldo Rebelo, deputados do PCdoB, são frequentadores assíduos do gabinete do presidente Rodrigo Maia na Câmara. Essa interlocução de Maia, o sucessor legal de Temer caso o presidente caia, causa ciumeira no Palácio do Planalto.