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Reprodução/Twitter
Serraglio perdeu todo o poder que tinha de interlocução e de eventuais alterações no quadro da PF

A cabeça do ex-ministro da Justiça Osmar Serraglio, demitido hoje pelo presidente Michel Temer , estava na guilhotina do Palácio desde a operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal apenas duas semanas após a posse do deputado no cargo.

Fato é que a situação de Serraglio ficou insustentável com a revelação de que ele aparece num grampo a um fiscal da Agricultura, pedindo atenção para o caso de um frigorífico – a ligação foi monitorada quando Serraglio ainda era deputado.

Com a revelação, Serraglio perdeu todo o poder que tinha de interlocução e de eventuais alterações no quadro da PF, como se estudava no Governo – nada a ver com a Lava Jato, mas com a mudança do diretor-geral Leandro Daiello.

Sem entrada na PF, subordinada a ele, e sem qualquer chance de fazer mudanças, Serraglio perdeu todo o Poder dentro da corporação subordinada ao ministério. Numa reunião com o presidente Temer no Palácio, aliás, o delegado chefe da PF ainda relatou a Temer que havia mais “alvos sensíveis” na Carne Fraca cujos conteúdos não foram revelados – termo usado para políticos, o que se especulou que é maior que o revelado o rol de parlamentares ligados a frigoríficos investigados.

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Trocar Temer por Torquato Jardim foi, então, a solução para que o ministério tenha no mínimo uma interlocução sem obstáculos com a cúpula da PF. Jardim já era cotado para ministro na transição e acabou nomeado para o Ministério da Transparência, Controle e Fiscalização, pasta agora que será comandada por Serraglio.

Há algumas, o Blog divulgou que o Palácio estuda o nome de uma delegada para o comando da PF, negociação que ainda não foi descartada pelo Governo.

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