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Marcos Corrêa/PR
Por apoio da Câmara, Michel Temer optou por não afastar ministros denunciados

O que está em jogo no recuo do presidente Michel Temer em afastar ministros denunciados ao STF pelo Propinobrecht: 200 votos.

Este é o número de deputados dos seis partidos dos oito ministros com representatividade na Câmara Federal – inclusive de boa parte do PMDB, com 64 deputados, dos quais 30 podem se rebelar. O PSDB (com dois ministros e 47 deputados), o PP, com 47, o PSD com 37, o PRB com 24 e o PPS com 8 deputados completam a lista temerária.

O presidente não pode abrir mão deste apoio prestes a votar as reformas da Previdência e Trabalhista.

Além do apoio dessas bancadas, as quais não pode provocar com demissão de ministros, Temer já não conta, por baixo, com 96 votos dos opositores PT, PDT, PSOL e PCdoB.

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Levantamento sigiloso feito pelo Palácio há semanas mostra que Temer não tem hoje os votos necessários; boa parte por causa de deputados ‘indecisos’.

Só lembrando, para que a PEC da Previdência seja aprovada, em dois turnos na Câmara, o Palácio precisa de 308 votos no mínimo. Temer hoje beira isso.

Aos nomes

Os ministros denunciados são Aloysio Nunes (PSDB-SP), Blairo Maggi (PP-MT), Bruno Araújo (PSDB), Eliseu Padilha (PMDB-RS), Gilberto Kassab (PSD-SP), Helder Barbalho (PMDB-PA), Marcos Pereira (PRB-SP), Moreira Franco (PMDB-RJ). Citado, Roberto Freire (SP), da Cultura e presidente do PPS, não teve inquérito aberto.

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