A reforma da Previdência do Governo de Michel Temer corre sério risco de não passar na Câmara Federal, e ser enterrada.
Foi sinal dado por articuladores na Casa. O Palácio tem placar a favor apertado para a Proposta de Emenda à Constituição nº 287/2016.
Além da oposição de PT, PDT, PCdoB – que foram considerável frente com mais de 100 votos, junto a legendas pequenas – a própria base governista está rachada.
Leia também: Cunha se irrita e cobra a advogados ações para sua soltura
O Solidariedade, ligado à Força Sindical, e o PTB, por questões históricas trabalhistas, não fecharam com o Governo. O presidente do PTB, o ex-mensaleiro Roberto Jefferson, chegou a promover um seminário para debater a validade da proposta. Detalhe: o partido controla o Ministério do Trabalho.
Alguns fatores extras contribuíram para a mudança do cenário na Câmara: surtiram efeito a pressão nacional dos milhares de sindicatos e de eleitores nas redes sociais a congressistas. Muitos deputados da base têm pedido aos líderes para não fecharem questão pela aprovação da proposta em plenário e liberarem os votos.
Por isso o próprio presidente Michel Temer resolveu entrar na articulação e chamar os líderes do Governo às falas. Exige fidelidade dos congressistas, doa a quem doer.
O então presidente Lula da Silva também fez uma reforma (paliativa) da Previdência em 2003. Mas a grita dos sindicatos, aliados, foi ínfima, e o petista estava no melhor momento.
Leia também: Crivella e secretários preparam evento para Balanção