Feliz ano novo a todos e a todas. Que 2019 seja repleto de boas notícias, com muita ciência e muita astronomia.
Em um ano novo, muitos pensam em renovação. Por um lado, a astronomia não tem muito a dizer sobre a renovação em um novo ano que chega. Afinal, do ponto de vista científico, a virada de ano acontece em um ponto arbitrário da órbita da Terra ao redor do Sol, sem qualquer significado particular.
Por outro, é interessante pensar como nossa noção de tempo está intimamente ligada à astronomia. Um ano representa uma órbita da Terra ao redor do Sol, o dia é uma rotação da Terra, e o mês é aproximadamente uma órbita da Lua ao redor da Terra.
Todos estes eventos têm um impacto direto no cotidiano humano desde os nossos primórdios, com dias e anos representando um ciclo do nosso dia-a-dia, estações do ano e a agricultura, as marés, etc.
Da mesma forma, as estrelas têm seus ciclos de vida. Nascem a partir de uma nuvem de gás hidrogênio, utilizam o gás como combustível para produzir energia e após alguns bilhões de anos “morrem”, colapsando, explodindo e jogando uma enorme quantidade de gás de volta ao meio interestelar. Esse gás será o combustível para a formação de novas estrelas no futuro. É a renovação cósmica, por assim dizer.
Você viu?
Assim a própria astronomia tem seu ciclo de renovações. Não importa se você considera o ano novo em primeiro de janeiro, no Rosh Hashaná judaico ou no começo de fevereiro como os chineses, é uma nova órbita.
Do ponto de vista científico, não há nada diferente no Universo em 2019 em relação a 2018. Um ano, na verdade, quando comparado a eventos astrofísicos, é insignificante, apenas um instante.
Mas os humanos adoram criar significados pessoais para tudo. Então o melhor que podemos fazer é aproveitar essa oportunidade para refletir, pensar o que deve ser melhorado e lutar por isso no ano que se inicia.
Assim sendo, volto a desejar a quem está lendo esse texto um excelente ano novo , com grandes realizações e muitas descobertas.
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