Estatísticas, não oficiais, sugerem serem seus alvos preferidos, os clubes detentores das maiores torcidas. Apresentam-se, muitas vezes, como torcedores fanáticos unidos pelos ideais comuns de vitórias e conquistas de times populares, quando, de fato, não apreciam e nada entendem sobre o esporte mais popular do planeta.

Inexplicável o fato de que o futebol no Brasil não utiliza recursos tecnológicos no auxilio das decisões de jogadas duvidosas
Fernando Torres / CBF
Inexplicável o fato de que o futebol no Brasil não utiliza recursos tecnológicos no auxilio das decisões de jogadas duvidosas

As razões que justificariam tamanho cinismo seriam as mais diversas, dentre elas, o elevado número de votos de eleitores que poderiam angariar. Tais suspeitas são fortalecidas pelo curioso fato de campões de votos serem torcedores fanáticos das maiores torcidas, ou até membros de organizadas.

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Assistimos, reiteradamente, especialistas no assunto, comentando erros de arbitragem. Inexplicável, o fato de a maioria dos esportes já utilizarem recursos tecnológicos no auxilio das decisões de jogadas duvidosas, e o futebol, no Brasil ainda não fazê-lo.

Alguns clubes resistem à utilização de mencionados recursos alegando alto custo para implantação dos mesmos. Ora bolas, trata-se de dinheiro de café, quando comparado aos altos valores envolvidos nos contratos de transmissão e, em alguns casos, de astronômicas quantias dos passes de jogadores, que algumas vezes, por questões burocráticas não chegam a jogar no time que os contratou.

Pode-se traçar um perfil comum dos candidatos a cargos eletivos, travestidos de torcedores e a resistência à utilização da tecnologia para minimizar erros de interpretação de jogadas duvidosas?

Vale aqui apresentar mais um ponto sensível e comum aos mencionados processos, evoca expressões do tipo: rouba mas faz  ou ganhar o jogo com gol de mão. Aparentemente sem importância, demonstram o desvio de caráter, culturalmente enraizado no comportamento do povo brasileiro, independente da classe social.

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O momento sugere ética e transparência em todos os processos, especialmente os que envolvem o relevante interesse público, como o eleitoral e o das decisões de arbitragem, pois a ausência de aplicação de princípios basilares impede a evolução natural da moral e dos bons costumes de uma sociedade.

É chegado o tempo de depuração, de moralização, de adequação de certos hábitos  e comportamentos ultrapassados. Em ano eleitoral, é imprescindível o maior acompanhamento e fiscalização do processo eleitoral, da escolha dos candidatos ao resultado das urnas. Analogamente, em ano de copa do mundo, urge a impostergável implantação do árbitro de vídeo, sob o risco de continuarmos sendo considerados o país do jeitinho, do povo acostumado a levar vantagem em tudo, desautorizando-nos, inclusive, a bradarmos: muda Brasil!

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