Pantanal
Iberê Périssé/Projeto Solos
O aumento no número de incêndios florestais no país fez com que o Brasil virasse alvo de críticas de governos e entidades internacionais.

Em meio às queimadas que atingem a Amazônia e o Pantanal, o órgão do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) responsável pelo combate aos incêndios florestais terá o seu terceiro chefe em menos de dois meses.

Nesta sexta-feira (16), o presidente do Ibama, Eduardo Bim, nomeou o tenente-coronel da reserva do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal Ricardo Viana Barreto para chefiar o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo).

Barreto tem experiência no combate a incêndios florestais e é considerado um nome com afinidade com o corpo técnico do Ibama.

Ele substitui José Carlos de Morais, que pediu exoneração do cargo na semana passada alegando motivos pessoais. Morais, por sua vez, não ficou sequer um mês no cargo. Ele assumiu o lugar de Gabriel Constantino Zacharias, exonerado em agosto.

A saída de Zacharias aconteceu em meio ao aumento no número de queimadas na Amazônia e, sobretudo, no Pantanal.

Internamente, Zacharias vem sendo apontado como um dos responsáveis pela demora na contratação de brigadistas que atuam no combate a incêndios florestais. Normalmente, a contratação desses profissionais acontece entre abril e maio, mas neste ano o processo só foi concluído no final de julho.

Apesar de algumas chuvas terem atingido o Pantanal nos últimos dias, a situação na região ainda é preocupante.

De acordo com Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre 1º de janeiro a 15 de outubro deste ano houve um aumento de 222% no número de queimadas registradas no bioma em comparação ao mesmo período do ano passado. Já foram registrados 20.796 focos de incêndio na região, maior número já detectado desde 1998, quando os dados começaram a ser computados.

A situação também é dramática em outros biomas como a Amazônia e o Cerrado. Na Amazônia , o aumento no número de queimadas neste ano é de 24% em relação ao ano passado. No cerrado, o aumento é de 2%, sobre um base que já havia crescido 59% em relação a 2018.

O aumento no número de incêndios florestais no país fez com que o Brasil virasse alvo de críticas de governos e entidades internacionais.

O governo brasileiro, no entanto, rebate as críticas afirmando que o país estaria sendo vítima de uma campanha de desinformação.

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