Praia de Ipanema no pôr do sol
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Rio de Janeiro é um dos lugares onde a qualidade do ar melhoreou


O isolamento social adotado no Rio de Janeiro, desde o dia 17 de março, influenciou a qualidade do ar na Região Metropolitana da cidade. Um levantamento do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) mostrou uma redução na concentração de dióxido de nitrogênio (NO2), o que, para o órgão, contribuiu para “uma expressiva melhora na qualidade do ar ”.

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De acordo com o Inea, estudos realizados recentemente por instituições governamentais internacionais, que avaliaram a melhoria na qualidade do ar em períodos de isolamento, os pesquisadores deram atenção especial ao NO2, por causa dos efeitos respiratórios adversos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que o dióxido de nitrogênio está cada vez mais associado aos casos de bronquite, asma e infecções respiratórias. Segundo o Inea, esse poluente é emitido, principalmente, pela queima de combustível, em veículos e atividades industriais.

A análise do Inea indica que na estação de monitoramento da qualidade do ar em área de abrangência do Distrito Industrial de Santa Cruz, na zona oeste, os resultados são redução de 77% na concentração local de NO2. Em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, entre 23 e 25 de março, a queda ficou em 45%, se comparado ao período anterior às ações de isolamento social.

Para monitorar a qualidade do ar, o Inea leva em consideração os dados de 58 estações que medem continuamente parâmetros meteorológicos e as concentrações de poluentes dispersos no ar.

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Outras cidades

Além do Rio de Janeiro, outras capitais brasileiras também apresentaram melhora na qualidade do ar durante a quarentena. Entre elas estão São Paulo, Curitiba e Belo Horizonte.

Em São Paulo, a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) tem registrado desde o dia 20 de março  qualidade do ar boa  para os poluentes primários, que são emitidos diretamente pelas fontes poluidoras.

Em Curitiba, a Sema (Secretaria Municipal do Meio Ambiente) informou ao R7 que houve uma redução significativa da concentração de NO2 entre os dias 19 e 25 de março.

Da mesma forma, um estudo realizado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais concluiu que Belo Horizonte foi mais um local que registrou queda nos níveis de poluição. Na capital mineira houve redução tanto de dióxido de nitrogênio quanto de dióxido de enxofre (SO2).

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