Multas sobre crimes ambientais caem 34% com Bolsonaro, menor nível em 24 anos

Ano com maior desmatamento foi 1995, com 4.586 autuações. Reduções nos números estão ocorrendo desde 2009, mas com percentuais menos acentuados que 2019
Foto: Divulgação/Imazon
Desmatamento na Amazônia foi pior em novembro de 2019 do que em novembro de 2018

As multas por infrações ambientais aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) recuaram em 34% em 2019, primeiro ano de gestão de Jair Bolsonaro (sem partido).

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Os dados são uma comparação com o ano de 2018 e representam a menor quantidade em 24 anos. As infrações representaram um total de R$ 2,3 bilhões em 2019, já em 2018, o valor era de R$ 4,09 bilhões.

Ao todo, foram registradas 9.745 autuações em 2019, enquanto em 2018 ocorreram 14.699, segundo dados coletados pela Folha de São Paulo. Os números encolheram em um momento de devastação récorde da Amazônia

O ano com maior desmatamento foi 1995, com 4.586 autuações. As reduções nos números estão ocorrendo desde 2009, mas com percentuais menos acentuados que os de 2019. 

Em abril de 2019, o presidente Jair Bolsonaro editou um decreto que pretende criar uma câmara de conciliação ambiental com poderes para analisar, reduzir o valor e até anular multas aplicadas pelo Ibama. Até o momento, quatro superintendências do Ibama estão sem chefia.

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A perspectiva é que o número de multas aplicadas pelo Ibama siga reduzindo ao longo dos anos.


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