Apontados como protagonistas de retrocessos ambientais por chefes de Estado, movimentos e organizações, Brasil e Estados Unidos se comprometeram a realizar ações conjuntas pela preservação do meio ambiente , em um acordo firmado na última quinta-feira (30). O “Memorando de Entendimento sobre Cooperação em Sustentabilidade Urbana” foi assinado pelo ministro Meio Ambiente, Ricardo Salles , e pelo administrador da Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos, Andrew Wheeler.
Com duração inicial de cinco anos, o acordo tem o objetivo de criar programas de proteção ambiental e desenvolvimento sustentável dentro do contexto das áreas urbanas. A política pública focará em questões que envolvem lixo no mar, resíduos sólidos, áreas verdes urbanas, qualidade do ar, áreas contaminadas e saneamento e qualidade das águas.
Leia também: Após cinco meses, praias do Nordeste continuam com vestígios de óleo
Para Ricardo Salles , a parceria é uma boa oportunidade para atrair capital privado. “Temos resultados bastante positivos para compartilhar, como a Agenda de Qualidade Ambiental Urbana. Já as medidas de proteção ao meio ambiente dos Estados Unidos, voltadas para resultados concretos, que respeitam as leis de mercado e atraem o capital privado, têm sido um importante objetivo do Ministério do Meio Ambiente”, disse o ministro.
Parceria
A prioridade do programa será a proteção dos oceanos e soluções para combater o lixo marinho, conforme o afirmado por Andrew Wheeler, que aproveitou a ocasião para classificar o Brasil como um “parceiro forte e importante”.
As gestões de Donald Trump e Jair Bolsonaro estão, de fato, bastante alinhadas, principalmente na área ambiental. Os dois governos vêm sendo alvos de críticas em razão da postura adotada por eles em assuntos relacionados ao meio ambiente. Nos passos de Trump, que já chegou a questionar o aquecimento global, Jair Bolsonaro está na linha de fogo dos ambientalistas, tanto que sua atuação vem recebendo repercussão internacional.