O tiacloprido , pesticida derivado da nicotina e fabricado pela Bayern , foi proibido pela Comissão Europeia, conforme publicação feita pelo órgão no último domingo, em seu site oficial. Liberado pela Anvisa em território brasileiro, o produto já era avaliado negativamente na Europa há algum tempo, tanto que estava provisoriamente suspenso até o dia 30 de abril, data da expiração da sua licença.
A decisão publicada no domingo foi de não renovar a licença, o que acarreta na proibição. As preocupações a respeito do agroquímico vão desde a contaminação dos lençóis freáticos até a sua influência na morte de abelhas, além dos riscos potenciais aos seres humanos.
"Há preocupações ambientais relacionadas ao uso desse pesticida, principalmente quanto a seu impacto sobre os lençóis freáticos, mas também em relação à saúde humana”, afirmou Stella Kyriakides, comissária de Saúde, em comunicado oficial.
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Quanto às abelhas, classificadas como insetos benéficos, existe grande receio, uma vez que há evidências do desaparecimento de colônias após o uso tanto do tiacloprido como de outros neonicotinóides, termo usado para se referir aos inseticidas a base de nicotina. A proibição passa a valer no dia 30 de abril.
Liberado no Brasil
Enquanto isso, no Brasil, o uso do produto continua liberado e regularizado pela Agência Nacional de Vigilânica Sanitária (Anvisa). O tiacloprido é utilizado por produtores de culturas como algodão, citros, soja, cana-de-açúcar, feijão e em algumas frutas e vegetais.