Óleo encontrado em Quissamã e Macaé não é venezuelano, diz Marinha
Apenas São João da Barra e São Francisco de Itabapoana foram afetados
Por Agência O Globo |
26/11/2019 13:08:18O Instituto de Estudo do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), ligado à Marinha, atestou que os fragmentos de óleo encontrados nos municípios de Quissamã e Macaé, no Norte Fluminense, não são compatíveis com o petróleo cru venezuelano encontrado em São João da Barra e centenas de outras localidades no Nordeste e no Espírito Santo.
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Segundo a análise, entre as amostras recolhidas no último domingo, apenas as da praia de Santa Clara, em São Francisco de Itabapoana, guardam relação com o derramamento de óleo detectado no dia 30 de agosto.
Os detalhes foram divulgados na manhã desta terça-feira pelo Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA) da Marinha. O volume de óleo venezuelano encontrado na praia de Santa Clara era de apenas 20 gramas. O material recolhido na praia de Guriri, segundo o GAA, não era compatível, assim como o recolhido na praia do Barreto, em Macaé, e no Canal das Flechas, em Quissamã, onde foram recolhidos dois quilos de petróleo.
Ainda de acordo com o GAA, não foram encontrados novos vestígios de óleo nas praias fluminenses. Os primeiros fragmentos foram identificados no estado do Rio no último sábado. O governo fluminense acompanha o avanço do petróleo pela costa brasileira através de um grupo especial de trabalho. Servidores foram capacitados em diversos municípios costeiros para atuar na remoção do conteúdo derramado.
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Segundo a última atualização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis, 772 localidades foram atingidas pelo petróleo venezuelano, distribuídas por onze estados do Nordeste e Sudeste e por 124 municípios. Ao todo, 21 delas seguem com grandes volumes de óleo, enquanto 455 permanecem com vestígios, e 255 foram limpas desde o início da crise.