O presidente JairBolsonaro nomeou um policial militar aposentado de São Paulo para ser o número 2 na hierarquia do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Luís Gustavo Biagioni , que chefiou o Comando de Policiamento Ambiental de São Paulo, foi nomeado nesta terça-feira (6) como secretário-executivo do MMA, logo abaixo do ministro Ricardo Salles.
Leia também: Liberação de novos agrotóxicos não traz riscos, garante Tereza Cristina
O policial militar já estava vinculado à gestão de Ricardo Salles. Desde maio, ele ocupava o cargo de diretor de planejamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ele assumiu o lugar de Ana Maria Pellini, que por sua vez, foi nomeada para a secretaria-executiva do Ministério da Cidadania, comandado por Osmar Terra.
Biangioni se aposentou recentemente da PM de São Paulo, onde chegou a ser tenente-coronel. Ele e Salles se conhecem do tempo em que o atual ministro comandou a secretaria de Estado de Meio Ambiente de São Paulo.
Leia também: Salles: um terço do desmatamento de junho ocorreu em anos anteriores
A chegada de Biagioni ao segundo cargo mais importante do comando do MMA acontece no contexto de militarização da pasta, iniciado logo no começo da atual gestão. O comando do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) e diversas de suas diretorias estão hoje ocupadas por policiais militares.
Fenômeno parecido ocorre no Ibama, onde também há militares nos postos de comando do órgão.
A área ambiental do governo do presidente Bolsonaro vem sendo alvo de críticas de políticos da oposição, cientistas e ambientalistas.
A crise mais recente envolvendo a área de meio ambiente foi a substituição de Ricardo Galvão no comando do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) após críticas feitas por Bolsonaro à divulgação de dados sobre o desmatamento da Amazônia. Na segunda-feira, o governo anunciou o nome de Darcton Policarpo Damião, um militar da Aeronáutica para comandar o órgão.