
Arqueólogos descobriram objetos de cerca de cinco mil anos, usados no período Neolítico , em um pântano da região de Gestaberg, na Suécia. Feitos de madeira e utilizados pela população que viveu na época, os achados estavam "intactos" graças a lama e a falta de contato com o oxigênio, que criou uma espécie de "cápsula do tempo" pré-histórica.
O trabalho dos arqueólogos se concentra em uma área de 3,6 mil m², onde antigamente existia um lago usado para pesca e coleta de castanhas-do-mar, explica a Arkeologerna, órgão especializado em arqueologia e patrimônios culturais suecos.
Objetos encontrados
Entre o que foi achado pelos pesquisadores, estão bastões entalhados, que podem ter servido de bengalas, e vestígios de cestos ou armadilhas de pesca, além de estacas e traçados de vime, típicos de civilizações do período Neolítico (de 10.000 a.C. a 3.000 a.C.). O recorte histórico marca o desenvolvimento da agricultura e a domesticação de animais pelos seres humanos.
O período de origem dos objetos foi descoberto a partir da datação do carbono, que indica duas fases de uso: de 3.300 a 2.900 a.C. e de 2.900 a 2.600 a.C., segundo a Arkeologerna.
Eles foram preservados após o lago se transformar em pântano, agindo como uma cápsula do tempo natural, segundo os arqueólogos.
“Ao examinarem recentemente o pântano, arqueólogos encontraram não apenas muitos ouriços-do-mar, mas também algo bastante incomum: estruturas de madeira bem preservadas, protegidas por milhares de anos em um ambiente sem oxigênio” , publicou a Arkeologerna em texto divulgado em seu site.
Animais conservados
Além dos objetos utilizados na pesca e colheita, também estavam animais fossilizados no pântano, como peixes e esturjões com marcas nítidas de cortes.
Nas proximidades do pântano, foi encontrada uma área de atividades com lareiras e uma pequena construção sustentada por postes, “provavelmente ligada à coleta e ao manuseio de castanhas-do-mar”, explica a publicação.