La Niña? Oceanos esfriam e podem mudar clima na semana

Temperatura baixa do Oceano Pacífico Equatorial resultou em estudos sobre possível interferência do fenômeno

Fenômeno La Niña
Foto: Reprodução
Fenômeno La Niña

O Oceano Pacífico Equatorial está mais frio, mas isso ainda não significa que já vivemos uma nova La Niña . De acordo com um estudo feito pela Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA), os índices atuais ainda estão dentro da chamada “neutralidade”, ou seja, nem El Niño e nem La Niña confirmados.

Entenda os dados

As medições da última semana indicaram que a temperatura do mar na região central do Pacífico está 0,3°C abaixo da média. Para que a La Niña seja oficialmente declarada, esse resfriamento precisa chegar a -0,5°C ou menos e se manter por várias semanas seguidas.

Ou seja, apesar da tendência de resfriamento, ainda não há confirmação de La Niña. De acordo com a MetSul, o fenômeno pode se consolidar apenas na primavera, entre outubro e novembro.

Mesmo em neutralidade, o clima tem mostrado sinais de instabilidade.Em maio, chuvas muito acima do normal causaram enchentes na Argentina e no Rio Grande do Sul. Em junho e agosto, novos episódios de chuva extrema voltaram a atingir cidades brasileiras, principalmente gaúchas, elevando rios e provocando inundações.

Além disso, o inverno foi mais frio que o esperado em parte do Sul do Brasil.
De acordo com o estudo citado, mesmo sem La Niña oficialmente, o clima pode apresentar extremos parecidos com os de períodos de El Niño ou La Niña.

A expectativa é que os próximos meses tragam uma definição mais clara. Caso o resfriamento do Pacífico avance, a NOAA pode anunciar a chegada da La Niña somente a partir de outubro. No momento, porém, a tendência é a manutenção da neutralidade, mas com atenção redobrada para chuvas fortes e mudanças bruscas de temperatura.