Semente tem mil anos, foi encontrada nos anos 1980 e plantada em 2010; ainda não é possível determinar espécie
Guy Eisner / Divulgação
Semente tem mil anos, foi encontrada nos anos 1980 e plantada em 2010; ainda não é possível determinar espécie

A árvore que cresceu de uma semente misteriosa encontrada em uma caverna do deserto pode esconder um tesouro. A planta pode ser fonte do tsori, espécie de bálsamo médico que aparece na bíblia . Outro nome é bálsamo de Gileade.

Datações de carbono descobriram que a semente, encontrada em uma caverna no deserto da Judéia, data entre 993 e 1202 D.C. Ela tem, então, cerca de 1 mil anos, mas germinou mesmo assim.

A árvore, na verdade, foi plantada em 2010 — porém, os estudos só saíram agora. Os cientistas responsáveis passaram esses anos desenvolvendo estudos para entender melhor sobre qual árvore estavam falando.

Planta não identificada

A árvore está ainda em um vaso e foi identificada como pertencente à espécie de Commiphora, mesma família que dá origem ao olíbano (espécie de incenso) e mirra.

Embora haja diversos estudos, a planta não foi identificada com certeza. Mais informações devem ser descobertas após a primeira floração — que só deve acontecer depois dela passar para o solo.

A diretora do Centro de Pesquisas de Medicina Natural Louis Borick, doutora Sarah Sallon, trabalha em Jerusalém e foi responsável por encontrar a semente arquivada no Instituto de Arqueologia da Universidade Hebraica de Jerusalém. Ela foi armazenada durante os anos 1980 pelo professor Joseph Patrich, que a encontrou em escavação.

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A professora encontrou, anteriormente, outros arquivos de semente. Essas, porém, tinham quase 2 mil anos! Depois de plantadas, chegaram a germinar. A primeira muda recebeu o nome de Matusalém — figura bíblica que morreu com 969 anos.

Como foi a plantação?

Doutora Elaine Solowey, diretora do centro de Agricultura Sustentável do Instituto Arava, em Israel, foi responsável pela germinação em ambas as vezes. A planta de Commiphora foi plantada em 2010 e germinou cinco semanas depois. Assim que desenvolveu o súber (a “casca”), a árvore começou a produzir resina.

Diversos experts em plantas, genoma, DNA, arqueólogos e historiadores compuseram, então, um time de pesquisadores do mundo todo para entender melhor a árvore.

Agora, a equipe espera para ver se a árvore vai produzir algum tipo de aroma. Dependendo disso, há possibilidade de ser a árvore que produzia bálsamo da Judeia, uma planta que não existe mais. Porém, estudos não apontam para essa direção.

A planta, porém, apresenta fortes poderes curativos e podem estar associados ao tsori. Estudos mostram que ela tem compostos associais a anti-inflamatórios, anti-bactericidas, anti-virais e atividades anti-tumores.

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