Os golfinhos foram treinados para apoiar seus focinhos contra uma barra de metal com eletrodos na água
Reprodução/Flickr Lisa Kristin
Os golfinhos foram treinados para apoiar seus focinhos contra uma barra de metal com eletrodos na água

Além de superinteligentes, simpáticos com os humanos e ótimos nadadores, os golfinhos-nariz-de-garrafa têm outra qualidade: um sexto sentido.

Nós temos paladar, tato, olfato, audição e visão que são suficientes para os humanos. Já os golfinhos têm um a mais: a eletrorrecepção, segundo os pesquisadores da Universidade de Rostock e do Zoológico de Nuremberg, na Alemanha, que conduziram um experimento com dois golfinhos em cativeiro, chamados Dolly e Donna.

Os golfinhos foram treinados para pressionar seus focinhos contra uma barra de metal com eletrodos na água, o que gerava um estímulo aleatório.

Utilizando lanches saborosos de peixe como recompensa, os golfinhos aprenderam a nadar para longe da barra se sentissem algum estímulo, e a permanecer no lugar se não sentissem nada.

O estudo revelou que os golfinhos conseguem detectar campos elétricos tão fracos quanto 2,4 e 5,5 microvolts por centímetro através dos poros em seus focinhos.

Embora não sejam tão sensíveis quanto tubarões e arraias, os golfinhos demonstraram habilidade em usar a eletrorrecepção para detectar campos elétricos fracos nos corpos de suas presas durante a caça, conforme descobriram os cientistas.

"A sensibilidade a campos elétricos fracos ajuda o golfinho a procurar peixes escondidos em sedimentos nos últimos centímetros antes de capturá-los", explica o pesquisador principal do estudo, Guido Dehnhardt.

Ele acredita, ainda, que a capacidade dos golfinhos de sentir eletricidade pode ajudá-los em outras áreas, como, por exemplo, na orientação em relação ao campo magnético da Terra.

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