Um manuscrito de 1.600 anos que possui narrativas sobre a infância de Jesus foi recentemente descoberto pelos pesquisadores Lajos Berkes e Gabriel Nocchi Macedo. O documento traz uma visão diferente de Cristo.
Conhecido como "Evangelho da Infância" ou "Pseudo-Tomé", o texto é um apócrifo que não altera a compreensão dos Evangelhos canônicos ou a figura de Jesus.
O conteúdo do documento inclui eventos milagrosos e comportamentos surpreendentes de Jesus na infância. Entre as histórias, há uma em que ele cria pássaros de argila que ganham vida e outra em que ele é repreendido por José por trabalhar no Sabá.
Essas narrativas apresentam uma visão diferente e mais humana de Cristo, destacando aspectos menos conhecidos de sua juventude, que são sempre debatidos por estudiosos e religiosos.
Nos textos, a imagem de Jesus é tratada como um jovem explosivo, que sentia raiva e desejos vingativos, além de atacar verbalmente outras crianças quando era contrariado e punindo-as com provocações de cegueira ou levando-as a morte.
O documento é o mais antigo do gênero já encontrado. Sua importância histórica e linguística reside não apenas no conteúdo, mas também na evolução da linguagem e das técnicas de transcrição ao longo do tempo.
Os pesquisadores planejam realizar uma revisão completa do manuscrito existente, além de uma nova tradução para melhor compreender o valor estilístico do texto original grego. Este trabalho poderá proporcionar uma compreensão mais profunda do contexto cultural e literário da época.
Papiro da Mulher de Jesus
A descoberta traz à tona a lembrança do "Papiro da Mulher de Jesus", apresentado em 2012, que posteriormente foi comprovado ser uma fraude. No entanto, a autenticidade do manuscrito encontrado por Berkes e Macedo foi confirmada.
Ainda há milhares de manuscritos esperando para serem examinados, e os pesquisadores estão otimistas sobre futuras descobertas semelhantes.
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