Elemento encontrado em vulcões de Marte intriga cientistas; veja

Os cientistas afirmam que essa descoberta levanta novas questões sobre a formação e distribuição de água em Marte

Foto: Adomas Valantinas
Vulcão Monte Olimpo, capturado pela câmera HRSC


Cristais de gelo de água perto de vulcões em Marte foram descobertos pela primeira vez, resultado de observações das sondas ExoMars e Mars Express, missões não tripuladas da Agência Espacial Europeia.

O anúncio foi feito por cientistas nesta segunda-feira (10), que explicaram que a descoberta ocorreu na região de Tharsis, um grande planalto vulcânico. Até então, estudiosos consideravam impossível a formação de gelo no local.

"Pensávamos que era impossível a formação disso ao redor do equador de Marte, pois a mistura de luz solar e atmosfera fina mantém as temperaturas relativamente altas tanto na superfície quanto no topo das montanhas", explicou Adomas Valantinas.

A descoberta foi realizada durante seu doutorado na Universidade de Berna, na Suíça. Atualmente, Valantinas atua como pesquisador na Universidade Brown, nos Estados Unidos.

A formação de gelo é muito fina, com espessura semelhante a um fio de cabelo humano, e cobre uma vasta área, formando-se nas horas do amanhecer. Com a luz do sol, a geada evapora. O artigo publicado na revista Nature Geoscience destaca que os cientistas estão animados com a descoberta.

Outro ponto revelado é que, durante as estações mais frias em Marte, a quantidade de água que passa entre a superfície e a atmosfera equivale a aproximadamente 60 piscinas olímpicas por dia.

A região de Tharsis é conhecida por seus vários vulcões. Os cientistas afirmam que essa descoberta levanta novas questões sobre a formação e distribuição de água em Marte. Há grande interesse no tema, pois a presença de água poderia viabilizar a ocupação do planeta por humanos em futuras missões de exploração.


Planejamento da Nasa

A NASA planeja enviar cientistas a Marte para explorações ainda no fim da próxima década. Existe também o sonho de estabelecer civilizações no planeta vermelho, embora isso deva levar muitas décadas para se concretizar.

Contudo, essa ambição é alvo de críticas, especialmente de ambientalistas. Alguns defendem que governos, como os dos Estados Unidos, China e Rússia, deveriam direcionar os recursos destinados às pesquisas espaciais para a prevenção de desastres climáticos na Terra.

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