RIO — O Ministério da Saúde tenta recuperar a força de uma frente de trabalho montada para agilizar a avaliação de estudos que podem resultar em medicamentos e vacinas contra o Covid-19.
Cerca de 30 projetos aguardam o aval da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), um colegiado apontado por algumas associações científicas como lento e burocrático.
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A Conep recebe estudos de áreas temáticas, como genética e reprodução humana, encaminhados pelos 846 comitês de ética (CEPs) espalhados pelo Brasil, presentes em instituições como hospitais, clínicas e universidades. Estas comissões são responsáveis pela avaliação ética de pesquisas em seres humanos.
No início do ano, porém, a Conep resolveu expandir seu leque. Em um informe encaminhado aos CEPs, determinou que seria o único órgão responsável por analisar todos os protocolos sobre Covid-19.
A Conep indicou agilidade, concluindo a análise ética de protocolos de pesquisa em 24 horas. Mas a enxurrada de projetos recebidos foi tamanha que, em abril, o colegiado recuou e, em novo informe, voltou a destinar algumas funções aos CEPs.
Ainda assim, monopoliza a análise ética de estudos de assuntos como desenvolvimento de testes sorológicos, uso de plasma para terapias e saúde mental de pacientes e profissionais de saúde.