Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Diego, e da Universidade de Aviv, em Israel, acrescentaram peso a um relato bíblico registrado no livro de Gênesis sobre um reino que existia antes de Israel.
Na bíblia cristã, o reino de Edom existiu entre os séculos 12 e 11 a.C, sendo uma terra rica por conta da exploração do cobre . Os pesquisadores descobriram evidências que sustentam o relato de uma área de poder centralizado, fundado por Esaú , de acordo com o livro de Gênesis .
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Pilhas de resíduos das minas de cobre
nos dois principais centros de produção - Faynan e Timna -, que foram avaliados reforçaram a teoria. O sincronismo tecnológico entre duas localidades separadas por 100 quilômetros sugeriu que um órgão político abrangente é uma das hipóteses do estudo.
A fundamentação desse estudo foi consolidada a partir de escavações realizadas pelas universidades. Ficou evidente para os pesquisadores que o início da produção de cobre começou na região com o Novo Reino Egípcio por volta do século XIII a.C.
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O professor Tom Levy, da Universidade da Califórnia, destacou que a pesquisa se baseou em avaliações mistas que cruzaram dados da ciência da computação, engenharia e ciências naturais.
A equipe analisou a escória, resíduo restante da extração de cobre . O intuito era determinar que Edom não só existia no momento relatado pela bíblia, como também era desenvolvido tecnologicamente.
O estudo concluiu que o cobre estava datado cerca de 300 anos antes do que se pensava, período exato da época em que a bíblia apontava.
Na altura, o cobre era um material precioso, usado em templos e para confecção de armas e ferramentas voltadas para a agricultura. Outro evento relatado pela literatura cristã também foi reforçada pelo estudo.
Há, para os cientistas, ligações entre Edom e o evento da invasão da Terra Santa pelo faraó Shoshenk I, responsável pelo despejo de Jerusalém no século 10 a.C.