Ministério de Antiguidade do Egito divulgou imagens de missão para desenterrar sarcófago egípcio em Alexandria
Reprodução/Ministério de Antiguidade do Egito
Ministério de Antiguidade do Egito divulgou imagens de missão para desenterrar sarcófago egípcio em Alexandria

Após arqueólogos terem descoberto três múmias submersas em água de tom amarronzado dentro de um sarcófago egípcio de ao menos dois mil anos, no começo deste mês de julho, algumas pessoas passaram a reivindicar acesso ao líquido por acreditarem, nada mais nada menos, que seja "altamente poderoso". 

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O impacto do documento que pede pela ingestão do líquido do  sarcófago egípcio foi tamanho que o governo teve de tomar medidas urgentes contra a requisição inusitada. Segundo o Ministério de Antiguidades do Egito, responsável pela missão na tumba, “o ‘suco de múmias’ não contém elementos de ancestralidade e nem mercúrio vermelho, sendo apenas água de esgoto”.  

A criadora da petição, Innes McKendrick, afirmou que o "acesso a essa substância é necessário, já que, de certa forma, está repleta de elementos energéticos". "Acredito que essa água vermelha encontrada no túmulo com as múmias seja extremamente rica e energética. Um tipo de bebida carbonatada que podemos tomar e absorver todos os poderes que ali estão, para, enfim, morrermos", defendeu. 

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O governo egípcio expôs que, em partes, McKendrick está certa, já que o líquido pode realmente levar os cidadãos a óbito por ser tóxico e conter substâncias e bactérias nocivas à saúde. O ministério também se posicionou sobre o documento, alegando que, embora os ossos das múmias tenham sido levados para análise, não pertenceram a antigos governantes como fora especulado anteriormente.

“Nenhum dos esqueletos achados em Alexandria era do líder grego Alexandre, o Grande, como chegou a ser propagado pela mídia. Não há motivos para quererem acesso a esse líquido, ele não tem relevância histórica, é só água de esgoto ”, acrescentou.

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Os arqueólogos envolvidos no caso destacaram que a origem do túmulo de granito negro ainda permanece um mistério, pois foi encontrado sem inscrições, o que geralmente não ocorria com pessoas renomadas.

Eles também informaram que, apesar de as múmias terem sido enterradas sem pertences, ainda há possibilidades de que os esqueletos tenham sido de pessoas com algum poder aquisitivo, já que o material do sepulcro era resistente e raro. A equipe permanece levantando dados acerca do sarcófago egípcio juntamente ao Museu Nacional de Alexandria.

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