Devido à escassez de mecanismos auxiliares para pesquisas e testes na área da Medicina , cientistas franceses decidiram desenvolver uma espécie de “cadáver virtual” para facilitar futuros procedimentos médicos e, claro, a formação de novos profissionais da saúde.
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De acordo com o Daily Mail , pesquisadores da Faculdade de Medicina de Montpellier, na França, estão usando scanners 3D para criar um " cadáver virtual ", que tem como objetivo facilitar o aprendizado da anatomia e da dissecação humana, além de contribuir para pesquisas.
“Um aumento mundial nos programas médicos levou a um crescimento na demanda de corpos que pudessem ser usados para fins científicos. Em muitas faculdades, nem todos os estudantes de medicina têm a oportunidade de praticar a dissecação de cadávares para aprender anatomia. Existem países em que esse procedimento de extrema importância para a formação desses profissionais é impraticável e até proibido”, explicou o cirurgião e professor da Montepellier, Guillaume Captier.
“Cadáver Virtual” será essencial para simulações em universidades
Atualmente, a equipe de Captier já desenvolveu dois processos virtuais de dissecação: um na área do pescoço e outro na pélvis. O grupo testou as dissecações em um cadáver real, estudando-o camada por camada. Durante o processo, o técnico Benjamin Moreno escaneou o esqueleto e os músculos no computador, usando um scanner Artec 3D, e o 'empilhou' para que as partes do corpo ficassem nitidamente visíveis.
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Segundo ele, a dissecação virtual pode ser usada em uma interface web ou com uma tela profissional para simulação cirúrgica . Vale mencionar que, desde 2010, a Alta Autoridade de Saúde (HAS) na França recomenda que os ensinamentos cirúrgicos nas universidades não sejam realizados em pacientes ao longo do período inicial de aprendizado.
"Isso mostra a importância da execução de simulações. Porém, para que sejam efetivas no aprendizado técnico do aluno, é necessário uma boa 'dose' de realismo. É importante que elas consigam reproduzir como essas operações são na prática. Por isso, pretendemos criar um banco de dados 3D com as principais regiões anatômicas e desenvolver um método de dissecação virtual que englobe todo o corpo humano”, acrescentou.
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O cientista ainda expôs que o “ cadáver virtual ” será de grande utilidade para empresas farmacêuticas e automobilísticas e também para os avanços na criação de novos procedimentos e tratamentos e potenciais procedimentos de doações de órgãos.