Um estudo realizado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts executou um experimento que manteve cérebros de porcos funcionando fora de seus corpos pela primeira vez na história. Segundo os cientistas, o procedimento pode abrir caminho para os transplantes em humanos, e até mesmo trazer dados importantes para pesquisas que visam descobrir métodos para a imortalidade.
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Informações do Daily Mail apontaram que os cérebros de porcos funcionaram por 36 horas depois dos animais serem decapitados. O cientista da Universidade de Yale, Nenad Sestan, afirmou que o procedimento pode detectar funções que sejam úteis para ligar as mentes a sistemas artificias mesmo sem o funcionamento do corpo natural.
Estudo com cérebros de porcos
Para a pesquisa, os estudiosos mataram 200 porcos e fizeram seus cérebros reviverem de forma 'independente'. Os órgãos foram conectados a um sistema de circuito fechado, que os cientistas apelidaram de 'BrainEX', cuja função é bombear áreas-chave com sangue artificial rico em oxigênio para sustentar a vida.
Sestan alegou que o experimento foi surpreendente, principalmente quando identificaram que bilhões de células estavam vivas e saudáveis nos cérebros dos animais.
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A equipe explicou que apesar do sucesso do experimento, é necessário permanecer com pesquisas aprofundadas, uma vez que os produtos químicos adicionados para evitar o inchaço do órgão proibiram a consciência vital do mesmo.
Pesquisas anteriores evidenciaram que é possível manter os cérebros de vários mamíferos funcionando depois que o órgão é removido do corpo. Em 1928, estudiosos soviéticos cortaram a cabeça de um cão e a mantiveram parcialmente viva, conectando os principais vasos sanguíneos a uma máquina de circulação artificial.
Porém, para o grupo, a nova pesquisa representa uma grande conquista, por ser considerada a primeira vez que um cérebro de porco pôde ser mantido vivo fora do corpo do animal.
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Tal fato é ‘especial’ para os cientistas devido à semelhança na maneira como cérebros humanos e de porcos operam. “Esses cérebros podem estar danificados, mas se as células estiverem vivas, é um órgão vivo. Isso representa o extremo do conhecimento técnico, não tão diferente de preservar um rim. Apesar do avanço, transplantar um cérebro para um novo corpo ainda não é remotamente possível", concluiu o pesquisador do Broad Institute in Cambridge, Massachusetts, Steve Hyman.