Pesquisadores da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, descobriram dezenas de pegadas de dinossauros com mais de 170 milhões de anos, na ilha de Skye, na Escócia. Segundo eles, as marcas fossilizadas podem contribuir com novas informações sobre a evolução dessas espécies no período Jurássico Médio.
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As pegadas, que foram identificadas em uma lagoa da ilha situada no litoral nordeste da Escócia, pertenceram a dinossauros das espécies saurópodes e terópodes, que de acordo com os estudiosos viveram na antiga Pangea, que passou a se fragmentar no período jurássico.
A descoberta foi feita há dois anos, porém publicada somente nesta terça-feira (3), na revista Scottish Journal of Geology. Segundo os pesquisadores, atualmente nomeada de Skye, a terra fazia parte de uma pequena ilha subtropical, muito próxima ao Equador, e repleta de praias, rios e lagoas.
"Sempre que encontramos resquícios como esses é algo incrível, especialmente na Escócia, onde o registro é muito limitado. Neste caso, tem o bônus das pegadas serem de animais do Jurássico Médio, período em que há raros fósseis e escassas evidências", explicou o paleontólogo e coautor do estudo, Stephen Brusatte, ao The Guardian
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Pegadas de dinossauros e avanço nas pesquisas
Os artigos mostraram que os saurópodes chegavam a atingir dois metros de altura, eram quadrúpedes, herbívoros e possuíam longos pescoços, enquanto os terópodes, que tinham parentesco com o Tiranossauro Rex, eram bípedes, carnívoros e tão altos quanto a espécie citada anteriormente.
Para a estruturação da pesquisa, a equipe – que contou com ajuda de estudiosos do Museu de Staffin e da Academia Chinesa de Ciências – fotografou e analisou aproximadamente 50 pegadas, que segundo o grupo, foram difíceis de serem estudadas por conta das fortes marés, do impacto de erosão e das mudanças na paisagem.
Essa é a segunda descoberta envolvendo pegadas de dinossauros em Skye, já que marcas fossilizadas de animais pré-históricos também foram achadas em Duntulm em 2015.
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“Os dinossauros jurássicos se tornaram dominantes, eles se espalharam por todo o mundo e viviam em todos os tipos de ambientes, praias, lagoas, entre outros. Essa descoberta parece trazer uma pequena ideia do cotidiano de um dinossauro, do que era um dia na vida dessas criaturas. Isso para nós é muito legal” concluiu Brusatte.