A estação espacial Tiangong-1, da China, avançou em direção ao planeta Terra e se desintegrou entre o centro e o Sul do Oceano Pacífico no domingo (1). De acordo com a Agência de Engenharia Espacial Tripulada da China (CMSEO), grande parte da nave pegou fogo durante o percurso, e somente alguns resquícios chegaram ao solo. Segundo o monitoramento realizado pela agência, a estação espacial tinha grandes chances de cair próximo à costa de São Paulo e Rio de Janeiro.
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Cientistas da CMSEO, que acompanhavam o trajeto que a estação espacial chinesa estava traçando, afirmaram que ela entrou na atmosfera terrestre antes do tempo previsto, já que estimavam que chegasse às 21h42, no horário de Brasília, no domingo. Eles expuseram que o laboratório, que se deslocava de forma descontrolada pelo espaço, queimou às 21h15. O acidente aconteceu devido à intensidade do calor e da fricção da estrutura principal do laboratório, interrompendo assim sua queda no Atlântico Sul.
O Palácio Celeste
A Tiangong-1, ou “Palácio Celeste 1”, como também era conhecida, foi colocada em órbita em setembro de 2011, perdendo o contato com a agência espacial chinesa há dois anos. Desde então, preocupava os estudiosos pela quantidade de hidrazina, uma substância altamente tóxica que carregava em suas peças, que pesavam toneladas.
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A Agência Espacial Europeia (ESA) afirmou que a queda da nave usada para a realização de diferentes experimentos médicos não apresentava riscos à humanidade, e que tudo o que a população deveria esperar era “um esplêndido espetáculo, semelhante a uma chuva de meteoros”.
A rede militar americana de radares e sensores também se pronunciou acerca do ocorrido, afirmando que a entrada do módulo na atmosfera antes do esperado, e sua pulverização em área remota privaram muitas pessoas de observarem ‘bolas de fogo’ caindo do céu.
“Teria sido divertido para as pessoas observá-lo. A boa notícia é que não provocou nenhum dano quando caiu. Acredito que esse tenha sido o 50º maior objeto fora de controle já fabricado pelo homem a despencar na Terra desde 1957”, disse o astrônomo do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, Jonathan McDowell ao The Guardian .
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Vale mencionar que em 2016, a China colocou outra estação espacial em órbita. Com o intuito de substituir a nave “perdida”, a Tiangong-2 poderá se tornar tripulada até 2022, com estimativas de viagens espaciais e missões para a Lua neste período, em que a Estação Espacial Internacional (ISS) não estará mais funcionando.