Uma pesquisa publicada na revista científica Nature Astronomy revelou que os exoplanetas ao redor da estrela Trappist-1 podem ter uma quantidade excessiva de água. De acordo com o site Phys.org , cientistas da Universidade do Estado do Arizona e da Universidade de Vanderbilt, nos Estados Unidos, utilizaram dados dos planetas para calcular suas densidades, e o resultado da análise da água mostrou a presença de “água demais” para que formas de vida se desenvolvam.
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Rodeada por sete planetas de tamanha semelhante ao da Terra, a estrela vermelha anã Trappist-1 foi descoberta no ano passado. Ela está a 39 anos-luz de nosso planeta e, dada a configuração de seu sistema, sempre houve especulações sobre a presença de vida alienígena em seus corpos celestes. Agora, o recente estudo sobre água traz evidências que negam as teorias anteriores.
Os pesquisadores descobriram que todos os planetas podem ter mais H20 do que a Terra: enquanto a substância representa apenas 0,2% da massa de nosso planeta, os corpos ao redor de Trappist-1 poderiam ter de 10% a 50% de suas massas compostas por ela. A grande quantidade sugere que, provavelmente, não há massa de terras expostas e nenhum ciclo geoquímico para promover uma atmosfera, o que os torna inabitáveis para as formas de vida que conhecemos.
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Características dos sete planetas
Classificados como rochosos, três dos planetas estão localizados na chamada “zona habitável”, porém, outros obstáculos mostram por que é improvável a presença de vida em sua superfície. Os corpos mais prováveis de habitarem “ alienígenas ” seriam aqueles mais próximos da estrela, já que a maioria deles é escura demais para os padrões que estabelecemos como necessários para o desenvolvimento de vida.
Porém, estar muito próximo à Trappist-1 também seria um problema, já que estrelas como esta são conhecidas por soltar chamas, o que seria uma grande ameaça, além de que as posições dos planetas resultam em uma disparidade muito grande de iluminação: enquanto um lado está muito quente, o outro está extremamente gelado.
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Por mais que o excesso de água tenha sido desanimador, os pesquisadores estão otimistas por outros motivos: suas descobertas podem, agora, contribuir para estudos sobre como os planetas se desenvolvem.