Extremamente rara, a grande tempestade de Júpiter acontece desde 1600 e pode acabar em breve, explicou a Nasa
NASA, ESA, and A. Simon
Extremamente rara, a grande tempestade de Júpiter acontece desde 1600 e pode acabar em breve, explicou a Nasa


Uma das principais características do planeta Júpiter é a grande “mancha vermelha”, que chama a atenção em qualquer foto do corpo celeste. Com um diâmetro maior do que a Terra, a mancha é, na realidade, uma grande e centenária tempestade, que embora tenha começado em meados de 1600, está próxima de sua “morte”.

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De acordo com o Business Insider , a Grande Mancha Vermelha (GRS, na sigla em inglês) de Júpiter é um caso extremamente raro. “Pense na GRS como uma roda que continua girando porque está presa entre dois cinturões que se movem em direções opostas”, explicou Glenn Orton, da Nasa.

O planeta possui correntes de jato –  correntes de ar encontradas na atmosfera de certos corpos celestes – muito peculiares, que chegam a se movimentar a quase 500 quilômetros por hora. E é justamente isso que impulsiona as tempestades como a GRS, que não costumam durar tanto tempo quando esta.

Sua existência, porém, está próxima do fim. Orton explicou que, durante o século 19, estima-se que a mancha tenha chegado a ter mais de quatro vezes o diâmetro da Terra. Em 1979, quando a nave Voyager 2 conseguiu imagens do planeta, a tempestade tinha metade do tamanho inicial.

“Agora ela tem apenas 1,3 vez o tamanho da Terra”, disse o cientista. E as projeções apontam para o seu desaparecimento em dez ou vinte anos, algo parecido com o que deve acontecer com outra tempestade, dessa vez, marca do planeta Netuno.

Assim como a grande tempestade de Júpiter, a mancha encontrada no planeta Netuno também desaparecerá logo
Nasa
Assim como a grande tempestade de Júpiter, a mancha encontrada no planeta Netuno também desaparecerá logo


Grandes tempestades são possíveis na Terra?

A maior tempestade já registrada na Terra, o furacão John, durou 31 dias e aconteceu em 1994. Sua curta duração, quando comparada aos anos da GRS, pode ser explicada pela nossa superfície: ela não é rodeada por dezenas de milhares de quilômetros de atmosfera, como acontece em outros planetas .

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A atmosfera de nosso planeta está em contato direto com a superfície e oceanos, além de ser relativamente pequena e rotacionar de forma lenta, quando comparada a Júpiter. Esses são fatores que “moldam” as nossas correntes de jato para perturbarem os sistemas climáticos, o que evita situações fora de controle como tempestades de longa duração.

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