Astrofísicos identificaram pela primeira vez na história um conjunto de planetas fora da Via Láctea . A descoberta recente foi possível graças a uma técnica conhecida como microlente gravitacional, permitindo que pesquisadores detectassem objetos em galáxias muito distantes, que, normalmente, não podem ser observados por meio de métodos tradicionais.
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De acordo com os estudiosos da Universidade de Oklahoma, nos Estados Unidos, há aproximadamente dois mil planetas de massas diferentes, equivalentes a da lua até a de Júpiter, para cada estrela da "sequência principal".
"Estamos muito entusiasmados com a descoberta, foi a primeira vez que conseguimos detectar planetas fora da Via Láctea", conta o professor do Departamento de Física e Astronomia Homer L Dodge, Xinyu Dai, ao Daily Mail.
Segundo ele, para detectar o conjunto planetário, foi necessário a utilização de dados do Observatório de Raios-X da Chandra, pertencente à Agência Espacial Americana ( Nasa ). “O uso de microlentes gravitacionais foi muito importante para essa pesquisa, já que permitem distorções de luz vindas de uma fonte, tais como acontece em uma lupa para ver objetos distantes".
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Dai alegou que esses planetas, mesmo que pequenos, foram os melhores fenômenos já observados por meio da técnica, uma vez que conseguiram analisar a alta frequência ao modelar informações determinantes para a massa dos mesmos.
Microlentes
Com a microlente , portanto, os cientistas de Oklahoma perceberam, pela primeira vez na história da ciência, astros extragalácticos. Vale mencionar que, até o momento, só tinham sido utilizadas para estudos na Via Láctea, e que, por isso, a descoberta foi vista como grandiosa.
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"Essa galáxia está localizada a 3,8 bilhões de anos-luz da Terra. Não há a menor chance de observar esses planetas diretamente, nem mesmo com o melhor telescópio que se possa imaginar, até mesmo em um cenário de ficção científica. Entretanto, somos capazes de estudá-los, de revelar sua presença e de ter estimativas de suas massas. Esta é uma tecnologia muito animadora, mostra como essa técnica é poderosa”, concluiu o pesquisador pós-doutorado, Eduardo Guerras.