Alguns registros divulgados pela Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) mostraram o momento exato em que um buraco negro despertou no espaço e 'engoliu' alguns planetas, além de uma grande quantidade de gás quente de uma galáxia vizinha. Depois da ‘refeição’, o corpo celeste deu um 'arroto duplo' e caiu em um sono profundo.
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Pode parecer bizarro para quem não conhece o comportamento de um buraco negro , porém astrônomos explicam que o fenômeno ocorre quando uma certa quantidade de gás cósmico se aproxima da região, que o suga por sua força gravitacional, liberando energia em formato de ‘arrotos’.
Os especialistas afirmam ainda que o ‘monstro faminto’ acordará depois de um longo período de tempo e voltará a sugar tudo o que está ao seu redor.
Na 231ª reunião da Sociedade Norte-Americana de Astronomia, em Washington, Estados Unidos, a pesquisadora da Universidade do Colorado Boulder, Julia Comeford, brincou que “os buracos negros são comedores vorazes, mas não têm boas maneiras à mesa".
Acontecimento raro
Vale mencionar que os buracos negros "supermassivos", são considerados os maiores e podem ser encontrados nos centros de praticamente todas as grandes galáxias. Essa emissão de raios-x em específico ocorreu na galáxia SDSS J1354 + 1327, e foi capturada pelo telescópio Chandra, da Nasa.
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Segundo Comeford, é comum ver esses corpos celestes ‘arrotando’, porém é raro vê-los fazerem isso duas vezes seguidas. Acredita-se que a liberação de energia dupla tenha ocorrido depois que elétrons se desprenderam dos átomos da massa de gás, causando uma explosão de radiação em uma galáxia próxima.
A pesquisadora expõe que normalmente eles costumam seguir o ciclo 'burping and naping' , também conhecido como ‘arroto e soneca’, onde se alimentam, liberam energia uma única vez e dormem.
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Há possibilidades de que o buraco negro supermassivo localizado no centro do universo desperte algum dia. Mas será que acordará tão faminto a ponto de engolir a Terra ? Julia alega que, no momento, ele está na fase do sono profundo, mas que, com certeza, se alimentará de novo. "Se o corpo celeste de nossa Via Láctea despertar, creio que estamos longe o suficiente para não virarmos o seu ‘café da manhã’. Mas se nosso sistema solar fosse mais próximo, estaríamos fritos", conclui.