A ciência parece ter encontrado uma forma de lidar com um dos maiores medos da humanidade: a morte. Pesquisadores da Imperial College de Londres encontraram uma maneira de “prever” quando uma pessoa vai morrer com base em sua idade cerebral.
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Através de um computador, os cientistas medem a idade do cérebro com base no volume do tecido cerebral. Eles descobriram que, principalmente em pessoas mais velhas, quanto maior a diferença entre idade cronológica e idade cerebral, maior o risco de problemas de saúde física ou mental e de morte precoce.
Apesar de ainda ser muito recente, a técnica pode, um dia, ajudar a identificar o risco de declínio das capacidades cognitivas e falecimento antes dos 80 anos. “Nós encontramos uma maneira de prever a idade cerebral de uma pessoa a partir de uma ressonância magnética do cérebro”, disse o autor do estudo, James Cole.
“Nossa abordagem usa a discrepância entre a idade cronológica e o que chamamos de idade cerebral prevista”, explicou Cole. “Se o seu cérebro tem uma idade prevista maior que sua idade real, isso reflete que algo negativo pode estar acontecendo”.
Quando aplicada a um programa de escaneamento, a técnica pode informar profissionais da área de cuidados médicos sobre a saúde cerebral de seus pacientes. “Em longo prazo, seria ótimo se pudéssemos fazer isso com exatidão suficiente para obter resultados em um nível individualizado”, contou o autor da pesquisa.
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“Um paciente poderia ir ao médico, fazer um scanner cerebral e o doutor diria ‘seu cérebro está dez anos mais velho do que deveria’, e potencialmente aconselhar o paciente a mudar seus hábitos alimentares ou estilo de vida e iniciar um tratamento”, explicou.
“As pessoas usam a idade de um órgão o tempo inteiro para falar de saúde. Dizem que os fumantes têm pulmões 20 anos mais velhos do que deveriam, você pode até responder questionários online sobre dieta e exercício para descobrir a idade de seu coração. Essa técnica pode, eventualmente, ser assim”, disse Cole.
Agora, os pesquisadores estão procurando formas de refinar a técnica incorporando outros tipos de imagens, como ressonâncias magnéticas mais nítidas, para melhorar a precisão. Ainda assim, o alto custo do aparelho de ressonância magnética impede o uso generalizado.
Os cientistas também reforçam que a técnica tem uma ampla margem de erro, de aproximadamente cinco anos. A abordagem usada pelos pesquisadores é baseada em uma técnica desenvolvida em 2010, que mede o volume do cérebro para estimar o processo de envelhecimento do órgão.
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Estudos prévios mostraram que a diferença média entre a idade real e a idade cerebral de um homem é de oito anos, enquanto para mulheres a discrepância é de dois anos. Isso pode explicar porque a expectativa de vida dos homens é mais baixa, com maior risco de morte precoce.