
Quem vai assumir a administração de 285 quilômetros de rodovias no interior de São Paulo será definido no leilão realizado nesta sexta-feira (5). O governo do estado recebeu propostas de três grupos para a concessão do Lote Paranapanema: Infra BR V Missouri Holding III SA, CS Infra S.A. e o consórcio Viaja+SP. O evento será na B3, às 10h.
O contrato prevê R$ 5,8 bilhões em investimentos privados ao longo de 30 anos. O governo quer ampliar a segurança da via, melhorar a fluidez do tráfego e impulsionar o desenvolvimento regional.
O Lote Paranapanema faz parte de um conjunto de concessões que inclui os projetos Nova Raposo e Rota Sorocabana, leiloados em 2023. A ideia é transformar a Raposo Tavares em um corredor totalmente duplicado e modernizado e aliviar a pressão sobre a rodovia Castello Branco.
Pacote de inovações
No pacote, constam a duplicação de 147 km de rodovias, além da construção de 29 passarelas, 84 pontos de ônibus, 56 km de acostamentos e 13 km de marginais. Também estão previstos 15 dispositivos em desnível e 39 em nível.
As estradas terão iluminação em LED em áreas urbanas, câmeras de monitoramento, painéis eletrônicos de mensagem, cobertura de internet sem fio e postos de atendimento com ambulâncias.
Desenvolvimento
O lote abrange trechos da Raposo Tavares (SP-270), entre Ourinhos e Itapetininga, além de rodovias complementares (SP-189, SP-278, SPA-204/270, SPA-245/270, SPA-326 e SPA-312). Ao todo, 13 municípios serão beneficiados, entre eles Ourinhos, Paranapanema e Piraju.
Segundo o governo paulista, a duplicação da Raposo Tavares nesse trecho deve viabilizar um novo corredor logístico para o agronegócio, com a ligação do interior de São Paulo e a região Centro-Oeste ao Porto de Santos, como alternativa à Castello Branco (SP-280).
Além disso, as novas concessões terão o sistema Siga Fácil, que substitui as praças de pedágio por pórticos eletrônicos inteligentes. A cobrança é feita por placa ou tag, apenas pelo trecho percorrido, o que pode eliminar filas e aumentar a segurança.