Vinicius Gritzbach estava respondendo na justiça por lavagem de dinheiro e homicídio duplo
Divulgação/Polícia Civil
Vinicius Gritzbach estava respondendo na justiça por lavagem de dinheiro e homicídio duplo


A força-tarefa da Secretaria da Segurança Pública (SSP) , composta por representantes da Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Técnico-Científica, investiga ao menos 13 policiais por suspeita de envolvimento na morte de Vinicius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) , que foi executado no Aeroporto Internacional de Guarulhos ( SP ) na sexta-feira (8).

Oito  policiais militares que faziam a escolta do empresário e cinco policiais civis que ele denunciou por corrupção são investigados. Parte dos agentes da PM e da Polícia Civil foi afastada. O número total não foi informado pelas autoridades.

Um agente penitenciário, pessoas que deviam dinheiro a Vinicius e membros da facção criminosa que ele também delatou por estelionato estão entre os outros suspeitos de participarem do assassinato. As investigações trabalham com três hipóteses para motivação do crime : o envolvimento dos agentes, morte por mando do PCC e morte por dívida financeira.

Relembre o caso

Antonio Vinicius Lopes Gritzbach foi morto a tiros na última sexta (8) no terminal de desembarque do aeroporto de Guarulhos. Câmeras de monitoramento gravaram dois homens encapuzados e com fuzis atirando contra o empresário. Os bandidos fugiram em seguida em um carro preto.

Além de Vinicius, um motorista de aplicativo foi atingido e morreu. Outras três pessoas que passavam pelo local ficaram feridas. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) criou uma força-tarefa para investigar quem mandou matar o empresário e quem executou o crime. O caso é investigado como "homicídio, lesão corporal e localização e apreensão de objeto".

Vinicius era réu em processos de homicídio contra dois membros do PCC e por lavagem de dinheiro para a facção. Ele respondia aos crimes em liberdade após a Justiça homologar uma delação premiada dele com o Ministério Público (MP), em abril deste ano.

O acordo permitiria que o empresário tivesse redução das penas no caso de condenações. Em troca, ele denunciou integrantes da facção por lavagem de dinheiro e agentes de segurança por extorsão.


Um áudio que faz parte da deleção revela, segundo a defesa de Vinicius, um advogado ligado ao PCC oferecendo a um policial civil R$ 3 milhões de recompensa para matar o delator. Ele também acusou agentes de cobrarem R$ 40 milhões para deixar de investigá-lo como suspeito de ser o mandante dos assassinatos criminosos do PCC.

** Formado em jornalismo pela UFF, em quatro anos de experiência já escreveu sobre aplicativos, política, setor ferroviário, economia, educação, animais, esportes e saúde. Repórter de Último Segundo no iG.

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