Chefão do PCC escreve carta e cita medo de morrer após racha com Marcola

Gordo teme a morte por conta de racha na cúpula do PCC

Chefão do PCC escreve carta e cita medo de morrer após racha com Marcola
Foto: REPRODUÇÃO/ POLÍCIA CIVIL
Chefão do PCC escreve carta e cita medo de morrer após racha com Marcola

Uma investigação revelou cartas escritas por um membro influente do Primeiro Comando da Capital (PCC) , que disse temer a morte após um conflito interno na facção. As mensagens, dirigidas à esposa do criminoso, foram localizadas pela Polícia Civil após a apreensão do celular de Fabiana Lopes Manzini , presa por tráfico de drogas em junho de 2023.

Anderson Manzini, conhecido como Gordo , é apontado como braço direito de Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, que atualmente se opõe a Marco Herbas William Camacho, o Marcola , um dos líderes da facção. As cartas de Gordo, escritas dentro da prisão, detalham sua tentativa de evitar um decreto de morte supostamente emitido contra ele. Ele mencionou em suas cartas a necessidade de apresentar suas "satisfações" às "Sintonias", membros com poder decisório dentro do PCC.

Em um dos manuscritos, obtido pelo 'Metrópoles', Gordo mencionou Francisco Antônio Cesário da Silva, o Piauí, um dos chefes do PCC em Paraisópolis, e propôs negócios para ele e outro "sintonia", identificado como Xuxu. Além de garantir sua sobrevivência, ele sugeriu a introdução de seu primo, João Gabriel Yamawaki, no esquema da facção.

João Gabriel foi preso durante uma operação policial e é suspeito de ser um dos responsáveis por um "banco digital do crime", que teria movimentado R$ 8 bilhões, utilizados para financiar políticos em eleições municipais deste ano. Segundo a polícia, Fabiana Lopes Manzini mantinha contato com João Gabriel, que a orientava sobre quais candidatos o PCC deveria financiar.

As investigações mostraram que o PCC usou contas do banco digital para enviar dinheiro para a compra de drogas no Paraguai. A facção também pretendia infiltrar candidatos em diversas cidades do estado de São Paulo, incluindo Ubatuba, Mogi das Cruzes, e Santo André. A polícia já identificou três desses candidatos, que seriam apoiados pelo PCC.

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