Os vereadores Inha, Queixão e Luizão, presos na Operação Muditia
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Os vereadores Inha, Queixão e Luizão, presos na Operação Muditia

O Ministério Público de São Paulo, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), e a Polícia Militar deflagraram a Operação Munditia, que prendeu três vereadores por ligação com o grupo criminoso PCC : Ricardo Queixão (PSD), de Cubatão; Flavio Batista de Souza (Podemos), de Ferraz de Vasconcelos; e Luiz Carlos Alves Dias (MDB), de Santa Isabel

O PCC e os políticos estão sendo investigado por uma série de fraudes em licitações em todo o estado de São Paulo. As autoridades estão executando mandados de busca e apreensão em 42 endereços e realizando 15 prisões temporárias, incluindo as dos vereadores, todos emitidos pela 5ª Vara Criminal de Guarulhos.

Segundo as investigações, diversas empresas estavam envolvidas em práticas frequentes para manipular a competição nos processos de contratação de mão de obra terceirizada em órgãos públicos, especialmente em prefeituras e câmaras municipais. Contratos em análise incluem municípios como Guarulhos, São Paulo, Ferraz de Vasconcelos, Cubatão, Arujá, Santa Isabel, Poá, Jaguariúna, Guarujá, Sorocaba, Buri e Itatiba.

Os promotores destacam que havia simulação de concorrência entre empresas parceiras ou do mesmo grupo econômico. Além disso, há indícios de corrupção sistemática envolvendo agentes públicos e políticos, como secretários, procuradores, presidentes de Câmaras de Vereadores, pregoeiros, entre outros, além de diversos outros crimes, como falsificação de documentos e lavagem de dinheiro.

As empresas do grupo têm contratos públicos que totalizam mais de R$ 200 milhões nos últimos anos, alguns dos quais atendiam aos interesses do PCC, que influenciava na escolha dos vencedores de licitações e na distribuição dos valores ilicitamente obtidos.

A operação conta com a participação de 27 promotores, 22 servidores e 200 policiais militares.

Quem são os vereadores presos

Ricardo Queixão (PSD), de Cubatão

Ricardo Queixão é ex-presidente da Câmara de Cubatão, na Baixada Santista. Atualmente, ele está envolvido em uma investigação por fraudes em licitações em todo o Estado. Foi preso em Praia Grande, juntamente com Fabiana de Abreu Silva, servidora pública da Prefeitura da cidade. Queixão, que é motorista e operador de empilhadeira, chegou a Cubatão há 31 anos e mora na Vila dos Pescadores. Ele foi eleito vereador em 2012 pela coligação PRB/PMDB/PSDC e reeleito em 2016 pela coligação PDT/PSD/PROS.

Flavio Batista de Souza (Podemos), de Ferraz de Vasconcelos 

Flavio Batista de Souza, conhecido como "Inha", está em seu terceiro mandato na Câmara de Ferraz de Vasconcelos. Empresário de profissão, ele foi eleito em 2020 com 1.843 votos. Natural de São Paulo, não há informações adicionais sobre sua participação na investigação.

Luiz Carlos Alves Dias (MDB), de Santa Isabel

Luiz Carlos Alves Dias, também conhecido como "Luizão Arquiteto", já foi presidente da câmara municipal de Santa Isabel. Comerciante no ramo imobiliário, Luizão é formado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Brás Cubas. Ele se instalou na cidade em 1988 e foi eleito vereador em várias legislaturas, tendo sido presidente do Legislativo em três períodos. Não há informações adicionais sobre sua participação na investigação.

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