Votação aconteceu mesmo após confusão com manifestantes contrários ao projeto de lei
Sabesp/Divulgação
Votação aconteceu mesmo após confusão com manifestantes contrários ao projeto de lei

A Assembleia Legislatica de São Paulo (Alesp) aprovou na noite desta quarta-feira (6) o Projeto de Lei (PL) 1501/2023 de privatização da Sabesp. O placar foi de 63 votos a favor e 1 contra. 

A oposição, que durante a semana se articulou para atrasar a votação a fim de conseguir mais apoio, abandonou a votação após confronto entre a PM e manifestantes contrários à proposta.

Confusões antes da votação 

Mais cedo, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) foi palco de um intenso protesto contra o projeto de lei que autoriza a privatização da Sabesp.

O projeto, apresentado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), gerou controvérsias e mobilizações por parte da população que se manifestou contra a venda da estatal.

Gritos de "plebiscito agora, plebiscito já" ecoavam pelos corredores, enquanto os manifestantes expressavam suas preocupações em relação à privatização, acusando-a de ser promovida por "ladrões".

Houve ainda alegações de que parlamentares foram "comprados" pelo governo, mediante a liberação de emendas.

O ápice da tensão ocorreu por volta das 18h30, quando manifestantes tentaram romper a barreira de vidro na galeria da Assembleia Legislativa.

Diante da situação, o presidente da Casa acionou a Polícia Militar para conter os ânimos. A intervenção da PM incluiu o uso de cassetetes e gás de pimenta para dispersar o grupo.

Com a escalada de confronto, foi emitida uma ordem para esvaziar a galeria, e a sessão foi interrompida por mais de 90 minutos e retomada sem a presença da oposição.

Tarcísio comemora vitória e oposição condena truculência da PM

Nas redes sociais, o governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, classificou a vitória a aprovação do texto como um "dia histórico para São Paulo".

"A coragem com que enfrentaram os ataques dos que não têm argumentos ajudará a construir um legado de universalização do saneamento, de despoluição de mananciais, de aumento da disponibilidade hídrica, de saúde para todos. Vocês estão ajudando a construir um novo futuro!", disse o governador no X (antigo Twitter).


Já a oposição criticou a retomada da votação após o confronto entre a Polícia Militar e manifestantes contrários à proposta.

Mônica Seixas (PSOL), uma das líderes da oposição, usou as redes sociais para condenar a truculência da Polícia Militar e a retomada da votação sem os representantes da oposição.

"A polícia de Tarcísio agrediu manifestantes hoje na votação da SABESP. Mesmo com a permanência no plenário sendo impossível, André do Prado chamou novamente a sessão, sem a oposição presente. Uma maneira truculenta, autoritária e violenta que fere a democracia", disse a parlamentar.

O único voto contrário à proposta a deputada Delegada Graciela (PL).

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