O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, promoveu mais um corte de orçamento para o programa de implementação de câmeras corporais nos uniformes nos agentes da Polícia Militar (PM). O governo publicou no Diário Oficial de São Paulo desta sexta-feira (18), que o valore de R$ 11 milhões será realocado para as ações da polícia ostensiva e diárias da PM.
O governo já executou cerca de R$ 45 milhões para a ampliação do programa neste ano. O valor é apenas uma parte do que estava previsto, sendo montante inicialmente pensado pela Assembleia Legislativa de R$ 152 milhões. A verba acabou sendo reduzida para R$ 136 milhões.
O governador tem sofrido pressão da base bolsonarista para que finalize com o programa de câmeras corporais. A medida ganhou mais força após a morte do agente da Ronda Ostensiva Tobias de Aguiar (ROTA) no Guarujá.
Após a morte ocorrida na Baixada Santista, a Operação Escudo foi deflagrada, deixando 16 mortos em supostos confrontos com a PM. Na maior partes dos casos, os agentes não usavam câmeras. Entretanto, testemunhas relatam casos de execução durante a ação.
Um levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com o Unicef, mostra que em 2022, o número de mortes de adolescentes em intervenções policiais caiu 80,1% em São Paulo. Mas, o governador sugere que o equipamento dificulta o trabalho dos policiais, além de garantir que haverá uma redução na violência cometida.