Professores, auxiliares de ensino e membros da equipe técnico-administrativa das Escolas Técnicas (Etec) e Faculdades de Tecnologia (Fatec) estão desde o dia 8 deste mês em protesto por tempo indeterminado, reivindicando reajuste salarial, pagamento de bônus, revisão do plano de carreira e manutenção dos colégios técnicos dentro do órgão paulista Centro Paula Souza.
Alguns servidores técnico-administrativos da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp) também estão aderindo à paralisação. Os funcionários destacam que a proposta de reajuste de 6%, submetida à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), não corresponde ao mínimo das perdas em função da inflação. “Temos perdas salariais acumuladas há anos”, diz o Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (Sinteps) em nota.
O governador de São Paulo previu a implementação de um novo ensino técnico no Estado, vinculado às redes estaduais de ensino por meio da Secretaria de Educação (Seduc), que está “à margem do Centro Paula Souza, que é o órgão estadual paulista responsável por essa modalidade de ensino há mais de 50 anos”, segundo o Sinteps.
Os servidores preocupam-se com a possibilidade de negligência do ensino técnico nas Etec’s, visto que são uma autarquia do governo, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado. Segundo mapeamento do sindicato, 143 unidades educacionais aderiram à manifestação.
Em nota, o Centro Paula Souza afirmou que “a instituição adotará todas as medidas necessárias para garantir que os estudantes não sejam prejudicados”.