A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) lança nesta terça-feira (22), o Plano Municipal pela Eliminação da Tuberculose, para os anos de 2022 a 2025. A iniciativa tem por objetivo intensificar as ações de enfrentamento contra a doença.
O plano é composto por pilares de prevenção, diagnóstico oportuno, cuidado integrado, políticas arrojadas e sistema de apoio e incentivo à pesquisa e à inovação. Todas as estratégias estão detalhadas na publicação, que está disponível no link: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/vigilancia_em_saude/doencas_e_agravos/tuberculose/index.php?p=337876.
Para a coordenadora do Programa Municipal de Tuberculose (PMCT), Rachel Russo Leite, o plano de enfrentamento é um avanço importante. “As políticas de combate à tuberculose foram impactadas devido à pandemia da Covid-19, porém, o lançamento do novo Plano Municipal reforça a importância dessas estratégias que o munícipio realiza para o controle da doença”, diz.
A tuberculose é uma doença transmissível e infecciosa que atinge majoritariamente os pulmões, mas também pode acometer outros órgãos e sistemas do corpo. Em 2022, até o momento, foram notificados 5.376 novos casos da doença na capital. Já em 2021, 2020 e 2019 foram 5.823, 5.645 e 6.337, respectivamente. Entre os anos de 2019 e 2021, houve uma redução de 8% dos casos notificados na capital.
Rede de atendimento
O primeiro atendimento e o tratamento aos pacientes com tuberculose são realizados em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da capital, assim como nos hospitais municipais e pelas 26 equipes do Consultório na Rua. As UBSs executam as ações de busca ativa para os sintomáticos respiratórios com coleta de escarro para diagnóstico, consultas e exames mensais, avaliação de contatos, entrega de medicamentos e tratamento diretamente observado (TDO), enquanto a medicação é administrada diariamente por um profissional de saúde da unidade.
Os pacientes que realizam o TDO recebem incentivos do PMCT, como cestas básicas e auxílio-transporte, que também é fornecido para os pacientes que precisam realizar exames ou passar em consultas médicas em outras unidades.
O munícipio de São Paulo dispõe de 31 unidades de referência secundária para o tratamento da doença, sendo 17 para pacientes portadores de HIV/Aids – os Serviços de Atendimento Especializado (SAEs). Além das unidades municipais, outras três unidades estaduais são referências terciárias, que atendem e tratam os pacientes com tuberculose resistente.
O tratamento para o paciente diagnosticado com a doença é feito por meio de medicação diária durante o período mínimo de seis meses, e é realizado em duas fases: intensiva, com duração de dois meses, e manutenção, com duração de quatro meses.
Os principais sintomas da tuberculose são: tosse, febre e perda de peso. Caso o munícipe identifique algum desses sintomas, especialmente a tosse, há mais de três semanas, deve procurar a UBS mais próxima da residência para avaliação médica e diagnóstico da doença. A população pode consultar a unidade de referência do bairro por meio da página Busca Saúde, disponível no link: http://buscasaude.prefeitura.sp.gov.br/.