Uma nova suspeita de participar da morte de Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos, ganhador de R$ 47,1 milhões na Mega-Sena em 2020 foi presa, em Santa Bárbara d'Oste, no interior de São Paulo, neste domingo. A prisão foi realizada pela Guarda Municipal. Esta é a segunda pessoa presa relacionada ao crime. Dias foi morto em Hortolândia, cidade onde morava, no dia 14 de setembro.
De acordo com a Guarda, a presa é uma mulher transgênero de 24 anos identificada pela Polícia Civil como Rebeca. A suspeita estava em situação de rua. Ela foi levada para a Deic de Piracicaba (SP), delegacia que concentra as investigações do caso.
No sábado, outro suspeito de estar envolvido na morte, Rogério Spínola, de 48 anos foi preso. Outros dois homens seguem foragidos, de acordo com a Polícia Civil.
Jonas foi vítima de extrema violência, segundo a delegada do caso, Juliana Ricci. O corpo foi encontrado com sinais de espancamento, na quarta-feira, na altura do Jardim São Pedro, próximo à Rodovia dos Bandeirantes (SP-348). Ele chegou a ser socorrido no Hospital e Maternidade Municipal Governador Mario Covas, onde chegou com vida, mas morreu pouco tempo depois.
Mesmo depois de ganhar o prêmio, há dois anos, ele manteve a rotina e os interesses de antes. Gostava de pescar, de jogar em máquinas caça-níquel e tomar uma cerveja com amigos nos bares do bairro onde cresceu, o Jardim Rosolén.
O caso
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o caso foi registrado como extorsão seguida de morte e é investigado pela delegacia de Hortolândia, com apoio da Deic de Piracicaba.
Em depoimento, o irmão de Dias, que preferiu não ser identificado, relatou que ele estava desaparecido havia um dia. De acordo com a SSP, a vítima teve aproximadamente R$ 20 mil retirados de sua conta bancária por meio de transferências bancárias e via Pix. O cartão de débito também foi levado pelos suspeitos.
Em coletiva de imprensa no sábado, os delegados responsáveis pela investigação afirmaram que ainda não há novos suspeitos do crime. Segundo a delegada da Divisão de Investigações Criminais (DEIC) de Piracicaba, Juliana Ricci, a investigação trabalha para identificar a autoria.
Vídeos de circuito de segurança mostram criminosos andando com a vítima de carro, além do momento em que ele é abandonado na altura do Km 104 da rodovia, próximo à alça de acesso à Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença (SP-101). A polícia vai analisar as imagens, que ainda não foram divulgadas, e também já começou a ouvir depoimentos.
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