Debate é promovido por Estadão, SBT, Terra, Veja e Nova Brasil FM.
Reprodução/SBT
Debate é promovido por Estadão, SBT, Terra, Veja e Nova Brasil FM.

O ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o governador Rodrigo Garcia (PSDB) viraram alvo no primeiro bloco do debate dos candidatos ao governo de São Paulo, promovido pelo pool formado por Estadão, SBT, Terra, Veja e Nova Brasil FM neste sábado.

Os dois também protagonizaram um embate sobre a utilização de câmeras em uniformes de policiais militares. Fernando Haddad (PT), que lidera a corrida pelo Palácio dos Bandeirantes, foi pouco provocado pelos adversários.

Candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa em São Paulo, Tarcísio precisou responder sobre suas companhias. Entre elas, o ex-presidente Fernando Collor (PTB), que o ex-ministro chamou de "um dos maiores políticos que nós já tivemos"; o ex-deputado Eduardo Cunha (PTB), condenado na Lava-Jato que esteve presente na convenção do Republicanos que lançou Tarcísio; e Frederico d'Avila (PL), deputado estadual que chamou o arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, de "canalha" e "safado" e disse que o papa Francisco é "vagabundo".

"Anda com deputado que bate em mulher. Anda com deputado que fala mal do papa. Anda com deputado corrupto, Eduardo Cunha, elogia Fernando Collor de Mello. Mais um Celso Pitta a gente não aguenta", afirmou o candidato do PDT, Elvis Cezar, que também questionou os repasses da pasta de Tarcísio a São Paulo.

"O candidato foi o ministro da Infraestrutura que destinou o menor percentual de investimento para São Paulo em seu orçamento. Deixou São Paulo por último de todos e destinou mais dinheiro para o Acre e para Roraima, que são menores do que a cidade em que eu nasci, Carapicuíba (SP). Isso é sabotar o direito do povo paulista", afirmou o ex-prefeito.

Intenção de ajudar

Em entrevista a jornalistas na chegada ao debate, Tarcísio disse que é comum gravar vídeos para candidatos da base aliada e que ele sempre o fez na "intenção de ajudar". O ex-ministro disse que nunca falou com Cunha e que d'Avila foi infeliz na declaração e tem que pedir perdão e ser perdoado.

As companhias do candidato de Bolsonaro também têm sido abordadas em propagandas eleitorais de Garcia. Em uma das mais recentes, o governador associa Tarcísio ao deputado Douglas Garcia (Republicanos), que agrediu verbalmente e hostilizou a jornalista Vera Magalhães em debate na semana passada. Tarcísio rechaçou a atitude do parlamentar bolsonarista.

Garcia, por outro lado, foi atacado pelo aumento do ICMS durante a pandemia de Covid-19, o que levou ao aumento de preço de alimentos e remédios.

"Você aumentou o ICMS dos produtos da cesta básica, da carne, do calçado, de medicamentos, durante a pandemia. E agora você vai se arrependendo do que fez com idosos e aposentados e vai voltando atrás, em vez de assumir que errou", disse Haddad, que ainda associou Garcia às gestões de Pitta, Gilberto Kassab (PSD) e João Doria (PSDB).

O governador tucano respondeu a ofensiva do petista citando que ele, enquanto prefeito de São Paulo, também aumento taxas como o IPTU.

"Só não aumentou mais porque o STF (Supremo Tribunal Federal) barrou seu aumento. Quem entende de imposto, taxa, de cobrar mais da população, é você", respondeu.

Câmeras em uniformes


Garcia e Tarcísio protagonizaram um embate em torno da utilização de câmeras em uniformes de policiais militares. O ex-ministro disse que a medida passa a sensação de que o estado está desconfiando dos policiais. Já Garcia, respondeu que vai continuar com o investimento, e Tarcísio rebateu:

"Pergunta se o cidadão está tranquilo com tanto roubo de celular, de moto, de carga. Temos de restaurar a sensação de segurança", afirmou o candidato do Republicanos.

Garcia mira Haddad


Garcia mirou Haddad no segundo bloco do debate, citando o corte de verba da operação delegada e da ronda escolar.

"Quando você foi candidato à reeleição, você não perdeu para seu adversário, perdeu para votos brancos e nulos, mostrando que você não foi um bom prefeito. Ficou muito famoso na época as filas de creche, filas na área da saúde, mas o que as pessoas esquecem, e vou lembrar aqui, é que você cortou dinheiro da operação delegada de policiais e cortou a ronda escolar", disse Garcia.

O petista respondeu citando padrinhos do tucano e cortes de direito em sua gestão:

"Rodrigo tem mania de esconder que foi do governo Pitta, do governo Kassab, onde aconteceu o maior escândalo de corrupção da história da cidade, do governo Doria", disse Haddad, acrescentando ainda: "A impressão que dá é que você quer varrer o passado quando te interessa. Quer capturar os programas feitos por outras pessoas que não você e, quando alguma coisa acontece, você fala: 'Du só estou há cinco meses no governo. Quem assinou o fim do passe do idoso foi você'".

O debate é o primeiro após Garcia crescer nas pesquisas e aparecer tecnicamente empatado com Tarcísio. Segundo pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira, o governador tucano cresceu quatro pontos percentuais em relação ao último levantamento, de 1º de setembro, e agora está com 19%. O candidato de Bolsonaro, por sua vez, marca 22% das intenções de voto. Haddad lidera, com 36% das intenções de voto.

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