O prefeito Ricardo Nunes renovou, por mais seis meses, na tarde desta quarta-feira (14), o convênio com o Projeto Cozinha Escola Solidária. Durante reunião, realizada no gabinete do prefeito, o presidente do Movimento Estadual da População em Situação de Rua, Róbson Correia de Mendonça, prestou contas do programa à Prefeitura, que novamente ofertou o valor de R$ 1 milhão para que sejam mantidas a distribuição de refeições à população em vulnerabilidade e a capacitação desse mesmo público. A primeira etapa dessa iniciativa foi realizada entre 14 de fevereiro e 28 de julho, quando foram distribuídas 151.412 marmitas e atendidas 1570 pessoas por dia.
“O prefeito Ricardo Nunes abraçou a ideia de não somente ajudar as pessoas em situação de rua durante a pandemia, oferecendo comida, mas também proporcionando capacitação profissional”, explicou Mendonça. Na ocasião, a Prefeitura concedeu R$ 1 milhão para a primeira fase do Cozinha Escola Solidária. Durante os seis meses do programa, 26 pessoas concluíram os cursos de culinária e panificação, sendo que sete delas tornaram-se MEIs (microempreendedores individuais) e outras dez foram contratadas por empresas. Todas participaram de 61 oficinas preparatórias.
Nova turma
Com a renovação da parceria com a Prefeitura, uma nova turma, formada por 70 pessoas, está participando das aulas, realizadas na cozinha escola da rua José Bonifácio, 387. Os alunos, que são encaminhados pelo Cate, recebem mensalmente R$ 550, pelo Programa Bolsa Trabalho.
A educadora do Projeto, Daiane Meurer, destaca que o foco é a cozinha para formar pessoas na área da gastronomia e panificação. “Fazemos uma pesquisa com os alunos, junto com o Sebrae, para saber qual é a aptidão deles dentro da área. E a evolução dos que passaram pelo projeto é que sonhamos. As pessoas retomam suas vidas. Um dos participantes está se programando para fazer faculdade”, conta.
Outros cursos
De acordo com o presidente do Movimento Estadual da População em Situação de Rua, o programa também promove outros cursos no número 639 da rua Baronesa de Itu, em Santa Cecília. Além de culinária e panificação, os participantes podem aprender jardinagem, pintura comercial e industrial; elétrica comercial e industrial e gerenciamento de empresas, entre outras modalidades. A grade de aulas, entre as duas unidades, é seguida por professores do Senai, Sesc, Senac, Sebrae e da empresa Bauducco. “Há uma série de disciplinas, que são escolhidas pelos próprios participantes, de acordo com suas aptidões”, revela Mendonça.
Encaminhamento
Quando o curso chegar ao fim, em dezembro, os candidatos passarão por um estágio com duração de três meses em empresas. Se aprovados, a coordenação do Movimento entrará em contato com entidades que possam contratá-los. “O resultado é tão positivo que representantes dos poderes públicos de cidades do interior de São Paulo têm nos procurado para também implementar o projeto”, conta Mendonça.
Depoimentos
O Cozinha Escola Solidária abriu portas para participantes como Aquiles Nascimento, que já recebeu várias propostas de emprego. “O curso foi uma das melhoras coisas que aconteceu para mim”, enfatiza. Para Eliane Cardoso da Costa, as aulas foram um divisor de águas em sua vida. “Foi tudo maravilhoso. Amei fazer o curso da Bauducco e o de finanças. Agora, temos condições de fazermos outras coisas. Sou muito agradecida”, disse.
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