O tempo seco e a baixa umidade do ar vêm afetando a vida de milhares de pessoas durante todo o mês de julho. A cidade de São Paulo, por exemplo, não registrava chuva há 48 dias, até esta sexta-feira (29).
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), no dia 17 de julho foi registrada a menor umidade relativa do ar, cerca de 15%, na cidade de Lins, no interior de São Paulo. As últimas chuvas significativas no estado ocorreram de forma mais abrangente no extremo sul (Vale do Ribeira e alto Paranapanema) e litoral, entre os dias 19 a 21 de julho. No entanto, há previsão de que chova na faixa centro-leste de São Paulo nesta sexta-feira (29), o que deve amenizar, porém, por poucos dias, o calor e o tempo seco.
Ainda segundo o órgão, o que vem causando essa sensação de secura em todo estado é uma anomalia de alta pressão que atua como uma espécie de bloqueio atmosférico, fazendo com que as frentes frias desviem antes de chegarem ao estado.
Em entrevista ao iG , a gerente da Divisão de Qualidade do Ar da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), Maria Lucia Guardani, disse que a estação contribui para que esse fenômeno aconteça, e junto das queimadas e da poluição, essa sensação de tempo seco fica ainda pior.
“A gente observa, entre outros fatores, que agravam muito a qualidade do ar, é a questão das queimadas, são coisas que acontecem nessa época (inverno), que trazem consequências muito ruins, as queimadas mesmo sendo predominantes no interior, na capital elas também ocorrem, e tudo faz com que a qualidade do ar fique comprometida.”
Guardani afirma que o vento fraco, a falta de chuva — características do inverno brasileiro — fazem com que as partículas de poluentes fiquem mais tempo na atmosfera, começando a provocar desconforto na população.
“O problema da baixa umidade, tempo muito seco, as pessoas com alergia já sentem muito desconforto, e ainda, sem chuva, as pessoas acabam inalando esses poluentes o que se torna muito mais complicado pra essas pessoas sensíveis.”
“O que observamos nos últimos dias, foi a qualidade do ar moderada. A gente tá vindo da qualidade boa para a moderada, é uma qualidade que ainda não traz grandes problemas para população, só para os mais sensíveis, eles sentem essa qualidade moderada, mas a gente recomenda que as pessoas tentem, por exemplo, tomar muita água, deixar vasilhas com água em casa, no ambiente de trabalho até uma plantinha com pratinho com água já ajuda, isso melhora o desconforto.”
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo diz que a qualidade do ar deve melhorar nos próximos dias, e isso já se iniciou nesta quinta-feira (28) com os ventos e deve melhorar com a previsão de chuvas.
Veja a previsão do Inmet para os próximos dias
Sexta-feira (29)
Temperatura mínima: 11°C
Temperatura máxima: 22°C
Umidade relativa do ar: 55% a 95%
Há previsão de chuva? Sim, pancadas de chuva com possibilidade de trovoadas isoladas.
Sábado (30)
Temperatura mínima: 8°C
Temperatura máxima: 18°C
Umidade relativa do ar: 45% a 100%
Há previsão de chuva? Não
Domingo (31)
Temperatura mínima: 8°C
Temperatura máxima: 22°C
Umidade relativa do ar: 45% a 100%
Há previsão de chuva? Não
Segunda-feira (1º)
Temperatura mínima: 9°C
Temperatura máxima: 26°C
Umidade relativa do ar: 40% a 100%
Há previsão de chuva? Não
Terça-feira (2)
Temperatura mínima: 11°C
Temperatura máxima: 25°C
Umidade relativa do ar: 45% a 95%
Há previsão de chuva? Não
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